fev 25, 2015 Air Antunes Angatuba 2
O movimento civil, Diretas Já, de reivindicação por eleições diretas presidenciais no Brasil ocorreu em todo o biênio 1983/1984 e ganhou corpo em todo o país com passeatas de estudantes, artistas e intelectuais, etc. A possibilidade de eleições diretas para a presidência da República no Brasil surgiu com a Emenda Constitucional Dante de Oliveira, que foi o nome popularizado da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n° 05/1983, apresentada pelo deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT. Em Angatuba, a campanha foi iniciada pelo vereador César Lemos Ribeiro, o conhecido professor César, até antes da aprovação da Emenda Dante de Oliveira. Em 1982, com aval da Câmara Municipal, o vereador César Ribeiro já fazia circular pelas instituições da cidade, entre estudantes e professores, etc., panfletos alusivos (uma cópia postada embaixo) à eleição direta para presidente.
A última eleição direta antes de 1989 havia ocorrido em 1960.
A última eleição direta para presidente do Brasil havia ocorrido no dia 3 de outubro de 1960. Quem venceu aquela que foi a última eleição presidencial antes do golpe militar de 1964 foi Jânio Quadros pela coligação PTN , PDC, UDN, PR , PL, com 5.636.623 votos (48,27%, eleito). Henrique Teixeira Lott , pela coligação PSD, PTB, PST , PRT e PSB), ficou em segundo lugar com 3.846.825 votos (32,93%). Ademar de Barros, pelo PSP, ficou em terceiro com 2.195.709 votos (18,80%). .
As eleições, no período do regime militar foram realizadas pelo Congresso
Nacional, dominado pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), num bipartidarismo que tinha o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) como oposicionista em todo o período, ou por um Colégio Eleitoral, a partir de 1974, formado pelos membros do Congresso Nacional, e delegados das Assembléias Legislativas. A partir de 1966, o vice-presidente foi eleito em chapa conjunta com o candidato a presidente.
A indireta que elegeu Tancredo
Na última eleição ainda realizada pelo Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, graças a uma Emenda Constitucional, e decisão do Tribunal Superior Eleitoral, acabou a fidelidade partidária, permitindo o aparecimento de uma dissidência no partido governista, o PDS, denominada “Frente Liberal”, ocasionando a vitória do PMDB e da Frente oposicionista denominada “Aliança Democrática”, que ainda obteve o apoio majoritário em outros dois partidos oposicionistas representados no parlamento: o PTB e o PDT. Parte dos parlamentares do PT apoiou Tancredo Neves e foi expulsa. A maioria dos petistas absteve-se. Nessa eleição indireta a coligação de Tancredo para presidente e José Sarney, vice, formada por PMDB e dissidentes do PDS, obteve 480 votos (72,73%) . O candidato Paulo Salim Maluf, pelo PDS, , que tinha como vice Flavio Marcilio, obteve 180 votos (27,27%)
A primeira eleição após as Diretas Já só ocorreu em 1989
A primeira eleição para a presidente da República com a participação do povo
só veio ocorrer seis anos depois das Diretas Já, no dia 15 de novembro de 1989, e o eleito foi Fernando Collor de Mello. Vintes e dois candidatos disputaram aquela eleição presidencial. Eles, com seus respectivos vices, eram os seguintes:
1º Turno
– Fernando Collor de Mello/ Itamar Franco (vice) (Movimento Brasil Novo – PRN / PSC / PTR / PST) – 20.607.936 votos (30,57%)
– Luiz Inácio Lula da Silva/ José Paulo Bisol (vice) (Frente Brasil Popular – PT / PSB / PCdoB) – 11.619.816 votos (17,18%)
– Leonel Brizola/ Fernando Lyra (vice) (PDT) – 11.166.016 votos (16,51%)
– Mário Covas/ Almir Gabriel (vice) (PSDB) – 7.786.939 votos (11,51%)[.ç
– Paulo Salim Maluf/ Bonifácio de Andrada (vice) (PDS) – 5.986.012 votos (8,85%)
– Guilherme Afif Domingos/ Aluízio Pimenta (vice) (Aliança Liberal Cristã – PL / PDC) – 3.271.986 votos (4,83%)
– Ulysses Guimarães/ Waldir Pires (vice) (PMDB) – 3.204.853 votos (4,74%)
– Roberto Freire/ Sérgio Arouca (vice) (PCB) – 768.803 votos (1,13%)
– Aureliano Chaves/ Cláudio Lembo (PFL) – 600.730 votos (0,88%)
-Ronaldo Caiado (União Cidade-Campo – PSD / PDN) – 488.872 votos (0,72%)
– Affonso Camargo Neto (PTB) – 379.262 votos (0,56%)
– Enéas Carneiro (PRONA) – 360.574 votos (0,53%)
– José Alcides de Oliveira (“Marronzinho”) (PSP) – 238.379 votos (0,35%)
– Paulo Gontijo (“PG”) (PP) – 198.708 votos (0,29%)
– Zamir Teixeira (PCN) – 187.160 votos (0,27%)
– Lívia Maria (PN) – 179.896 votos (0,26%)
– Eudes Mattar (PLP) – 162.336 votos (0,24%)
– Fernando Gabeira (PV) – 125.785 votos (0,18%)
– Celso Brant (PMN) – 109.894 votos (0,16 %)
— Antônio Pedreira (PPB) – 86.100 votos (0,12%)
– Manuel Horta (PDC do B) – 83.280 votos (0,11%)
-Armando Correia (PMB) – 4.363 votos (0,01%)
Sílvio Santos
Sílvio Santos teve sua candidatura invalidada por conta de irregularidades nos registros do PMB.
2º Turno (17 de dezembro de 1989)
-Fernando C ollor de Mello (PRN): 35.089.998 votos (53,04%)
-Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 31.076.364 votos (46,96%)
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happy wheelsnov 26, 2023 0
out 10, 2023 0
out 03, 2023 0
ago 25, 2023 0
Obrigado Dalmo. Infelizmente, hoje, dada as circunstâncias vemos as pessoas desinteressadas por Política! O exercício da Democracia e da verdadeira Política nos leva a compreensão de que o cargo público deve ser exercido no interesse de todos e não em benefício próprio!
Grande professor Cesar!