O programa Fantástico, da Rede Globo, concedeu espaço, no domingo que passou, ao historiador Boris Fausto para que ele explicasse o que é o fascismo, o neofascismo, e tudo que gira em torno desta corrente ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força. Oportunas as explicações do historiador e de outros que ocuparam aquele espaço, uma vez em que algumas partes do mundo, principalmente no Brasil, pessoas estão confundindo frentes ideológicas latentes à política em sua pura essência com correntes maléficas que se passam por soluções políticas para salvar o país, como os são o neofascismo e o neonazismo. Isso é muito perigoso no exato momento em que uma boa parcela da população brasileira não consegue raciocinar sobre um texto além de cinco linhas; muitos falam em política baseados no que o patrão falou sem questionar se o patrão está certo ou não, opinam baseados em fake news patrocinados ao custo de milhões e milhões por grandes empresários que querem um povo alienado, analfabeto político, justamente para que o governo não promova divisão de renda justa entre a população, que não promova programas sociais para a erradicação da pobreza, que não crie imposto sobre riquezas entre outras providências que rumam em direção à igualdade social.
Infelizmente, o Brasil tem uma grande parcela da população que torna o país o menos politizado até dentro da América Latina, tem uma grande parcela que vai às ruas manifestar com a bandeira dos Estados Unidos sendo que aquela nação norte-americana é a maior criminosa entre todas as nações, sendo que aquela nação é quem promove o quanto pode a miséria nos países do Terceiro Mundo, que comete o maior genocídio de civis nos conflitos que provoca pelo mundo, como no Oriente Médio e na África, e nas tentativas de implantar a ditadura militar nos países da América do Sul. Pasmém, a ignorância da parcela alienada que vai para as ruas manifestar em favor de ditadura, de golpe contra o STF e contra o Congresso, se completa com o empunhar da bandeira de Israel só porque este é um dos grandes aliados dos Estados Unidos naquela parte do mundo.
É importante que os meios de comunicação concedam mais espaços didáticos para que sejam explicadas uma por uma das correntes ideológicas, as que existiram e as que ainda são vigentes, para que os alienados deixem de ser alienados, para que eles pesquisem antes de repercutirem mentiras nas suas redes sociais, para que eles entendam que no Brasil o governo atual é resultado de uma imposição externa (leia-se EUA) para que seja exterminado o socialismo e, consequentemente, não ocorra a divisão justa do lucro entre todos os brasileiros, para que eles entendam que quem tira do pobre para que o rico fique mais rico não é o comunismo, e sim o capitalismo.