ago 08, 2017 Air Antunes Artigos 0
O povo tem que parar de se indignar com a corrupção entendendo que assim está compartilhando com o mesmo ideal das “autoridades lá de cima”. Ser contra a corrupção, sim, mesmo porque ela é uma realidade inquestionável, mas achar que todo o ocorrido nas hostes nacionais visa o tal combate é bobagem. Vamos entender o seguinte: o que ocorre em Brasilia e nas suas corruptelas de influência é uma luta pelo poder, é um empecilho para que a esquerda não volte ao poder, o negócio é a eleição de 2018. O povo tem que parar de achar que toda crise que está inserida no país é culpa dos governos do PT, porque isso não passa de uma história criada tal como a do mentor de Hilter, Joseph Goebbels, para fortalecer o Nazismo, “vamos dizer que todos os males do mundo é culpa dos judeus”, e até afirmando as infames “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”, ou “Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito”.
O povo (embora a grande maioria entenda) tem que entender a razão do promíscuo objetivo pelo poder, reconhecendo que o que se joga contra o PT, contra Lula e Dilma, é um artifício matreiro de um esquemão que envolve interesses do grande empresariado, consequentemente, da redução e até uma quase erradicação dos direitos do trabalhadores, afinal de contas todas estas reformas propostas pelo golpista Michel Temer, apoiada pelo Congresso, tem um objetivo que não visa de maneira alguma a retomada da economia, essa é uma balela fomentada para “tranquilizar o povo”. Neste esquemão, impede-se a volta do PT ao poder também por interesses dos Estados Unidos, que, se ajudaram na efetuação do golpe de 1964 por que não ajudariam agora ? Inclusive naquelas manifestações verde-amarelas do ano passado, apoiadas pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), igualmente tinha apoio financeiro norte-americano. O que se quer também com o PT longe do poder é a não consolidação do Brics, grupo político de cooperação composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Brics representa um estágio similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico, que tende a fortalecer uma nova ordem econômica mundial desinteressante para os Estados Unidos. E, enfim, o Brasil, a exemplo da grande maioria dos países do Terceiro Mundo, não deixa de ter políticos aliados para colaborar com a vigência do imperialismo norte-americano sobre o país, não fosse assim não teria sido descoberto que Temer prestou-se ao papel de informante dos Estados Unidos, e nem que Sérgio Moro teria a necessidade de viajar esporadicamente aos “states” para buscar respaldo para a sua empreitada de juiz tendencioso a serviço do PSDB e suas periferias.
Enfim, se houvesse mesmo no Brasil, neste momento, uma luta séria, realmente comprometida contra a corrupção, a maioria dos deputados estaria presa, o próprio Michel Temer nem teria chegado ao poder e, por exemplo, a sessão da Câmara dos Deputados, de quarta-feira, dia 2 de julho, que votou e aprovou a decisão de parar denúncias contra o presidente já o cassaria imediatamente, afinal ali ocorreu uma escancarada compra de voto de parlamentares. Ainda, o senador Aécio Neves, o provocador de toda esta parafernália estaria preso por conta não apenas da propina de R$ 2 milhões ofertada pela JBS, mas também pela sua implicação na Lista de Furnas, na sua relação com o caso do helicóptero lotado de cocaína, entre outras, ele que diante de tantos holofotes sobre Lula vai passando pela tangente na indignação popular. Também, se caso houvesse uma séria disposição contra a corrupção, já estariam condenados todos os envolvidos na privataria tucana, nos casos envolvendo o governo tucano paulista como os são o trensalão, o superfaturamento das obras do rodoanel, e no roubo da merenda escolar.
Caso houvesse neste país, neste momento, um combate realmente idôneo contra a corrupção, com certeza estaria imperando a imparcialidade, estaria havendo um empenho de fato em condenar a todos os corruptos independentemente de quais partidos fossem eles. Estaria sendo contida a sanha midiática da mídia, especialmente da Rede Globo, que também tenta interferir nas eleições do próximo ano. Caso houvesse imparcialidade na justiça do Brasil, PT, Dilma, Lula e seus defensores entenderiam perfeitamente a situação e teriam ciência de que o “doa a quem doer” seria prática incontestável.
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