mar 31, 2014 Air Antunes Artigos 2
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE
O assunto sobre a corrupção e Ditadura Militar ainda não está esgotado. A imprensa, escrita e falada, afirma que a corrupção atual é a maior da História do Brasil. Com essa crítica, uma pequena parte de brasileiros, decepcionada, deseja a Ditadura Militar com a finalidade de combater os corruptos. No entanto, a corrupção no tempo da Ditadura Militar era infinitamente superior, como irei mostrar.
O jornalista e escritor J. Carlos de Assis escreveu três livros, no final da Ditadura Militar, em 1984, mostrando os escândalos desse período. Um deles, o mais famoso, “A Chave do Tesouro, anatomia dos escândalos financeiros no Brasil: 1974/83”, revela essa corrupção. Alguns capítulos: Caso Halles, Caso BUC, Caso Econômico, Caso Eletrobrás, Caso UEB/Rio-Sul, Caso Lume, Caso Ipiranga, Caso Aurea, Caso Lutfalla (família de Paulo Maluf, marido de Sylvia Lutfalla), Caso Abdalla, Caso Atalla, Caso Delfin, Caso TAA. Cada “Caso” é um capítulo. Por este motivo, é impossível detalhar esses escândalos financeiros, que trouxeram prejuízos inimagináveis à Economia daquela época!
Em outro livro, “A dupla face da Corrupção”, também em 1984, J. Carlos de Assis revela: “A censura (sic) da era Médici manteve o submundo da economia tão longe da curiosidade pública como as masmorras sombrias da repressão política. (,,,) Esta era uma atmosfera particularmente favorável ao apaniguamento (sic) e à proteção econômica e administrativa dos amigos do regime (…) Foi à sombra desse período obscurantista que a maioria dos arrivistas e aventureiros do mercado, esgueirando-se por essas omissões originais da lei ou pelos espaços abertos por sua deformação propositada (sic), penetrou no sistema financeiro e nele engordou seus conglomerados fraudulentos (sic), para explodir posteriormente em escândalos”, acrescentando: “Vários grupos de aventureiros e de gangsters de gravata (sic) foram postos na engorda junto aos cofres públicos (sic), com total contemporização e cumplicidade da autoridade administrativa”.
Adiante o escritor comenta o escândalo da Corretora Laureano, em 1976, fazendo essa estarrecedora denúncia: “Seu dono, contudo, precavidamente, havia lastreado suas ousadas operações num ativo intangível de valor incalculável nas circunstâncias: a amizade com o Ministro-chefe da Casa Civil, o condestável do governo Geisel, General Golbery do Couto e Silva. A relação estava selada, além disso, por um contrato de trabalho do filho de Golbery como diretor da Corretora (sic). E o General não tinha maiores constrangimentos éticos (sic) em encaminhar seu amigo às boas graças de algum colega de Ministério, em especial o que detinha as chaves dos cofres públicos, o Ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen”. Na página 85, outra denúncia grave: a compra pela Coroa-Brastel (uma empresa que também fazia parte do escândalo financeiro) da Metalúrgica Castor: “A Metalúrgica era propriedade do banqueiro de bicho Castor de Andrade, em sociedade com Osório Pais Lopes da Costa, sogro do Johnny Figueiredo, filho mais velho do Presidente da República (na época em que o livro foi publicado, 1984, o General João Figueiredo era o Presidente).
No ambíguo depoimento, Paim [dono da Coroa-Brastel] relata que foi contatado por Álvaro Leal em outubro de 1982. O consultor lhe teria dito que a Metalúrgica estava para quebrar e lhe sugeria comprar a empresa. “atendendo a um pedido do Chefe” (sic) – o próprio Presidente, no caso. Ele receberia por isso as “compensações devidas” , através do Banco do Brasil (sic)”. Era uma empresa suspeita comprando outra falida “atendendo o pedido do Chefe”!
O escritor foi corajoso ao fazer essa denúncia contra o General-Presidente em plena Ditadura Militar, mesmo que nesse ano, 1984, o regime estava mais brando!
Existem outras denúncias de corrupção no período ditatorial, mas ficam para outro artigo.
Jasson de Oliveira Andrade é jornalista em Mogi Guaçu
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Urge atentar para a constatação feita por Almino Affonso, no “Roda Viva”, do dia 31/03/2014, da TV Cultura, SP, do alto da sua vasta experiência e sinceridade, sobre a falência dos par-ti-dos divorciados das ruas e do são sentimento de mudanças, principalmente por parte da juventude. Com Randolfe Rodrigues, “Recuperar o Tempo Perdido”, FSP/02/04/2014, tendências e debates, propondo a volta ao passado, ou retrocesso, o PSOL está acéfalo, revela-se retrógrado, alienado, infantil, velho, vazio, demagogo, sem mote, sem discurso e sem norte novos e próprios, e comprova a nossa tese, me desculpem a franqueza, a verdade é dura mas liberta. PSOL, o Brasil quer e precisa de mais, muito mais, e sobretudo de originalidade, consistência e ineditismo, Projeto Novo e Alternativo de Nação e de Política. E a hora é agora. E vc não vai perder o Novo TreMM da História, vai ? Se vai, escacha, racha, arrebenta a tampa da caixa, bye,bye vou em frente porque assim vocês tb não nos representam e acabou a graça. Os números não mentem. No dia 22/O3/2014,, pudemos ver nas ruas de SP, com os próprios olhos, a que estão reduzidos o gollpismo-ditatorial, velhaco ( 600 pessoas), e o partidarismo-elleitoral, tb velhaco (800 pessoas). Logo, aqueles milhares de brasileiros, com muito orgulho, com muito amor, que não desistem nunca, e que estiveram nas ruas do Brasil em junho, pacificamente ( e que se recolheram quando as minorias violentas do gollpismo-ditatorial e do partidárismo-eleitoral, velhacos, foram às ruas fazer baderna, praticar vandalismo e criar confusão), querem outra coisa mais evoluída do que os velhos gollpismo-ditatorial e partidarismo-elleitoral, velhacos, simbióticos e autofágicos. À evidência, Elas, as pessoas cabeças, pacíficas e conscientes das Jornadas de Junho, sem fardas e fardadas, são da LUTA (Legião Unida de Trabalhadores Amigos), viraram Leão, e querem o Novo Caminho para o Novo Brasil de Verdade (HMM-RPL-PNBC-ME), porque evoluir é preciso. Portanto, estrebuchem dinossauros, o fim da era jurássica está próximo. O Novo Brasil de Verdade veMM aí, firme e forte, com a união do povo brasileiro, com muito orgulho e com muito amor, em torno do Novo e Grande Ideal de Evolução, para descortinarmos novos horizontes, todos juntos, com paz, amor, perdão, conciliação, união e mobilização pela Mega-Solução. Chico Alencar, Dep. Federal/PSOL/RJ, tb no dia 22/03/2014, em SP, na ocasião do lançamento de seu Livro, “AS RUAS, O SONHO E A ESPERANÇA”, e durante a prestação de contas do mandato popular do Dep. Federal, Ivan Valente, PSOL/SP, com uma frase lapidar, falou e disse qual é o candidato a Presidente ideal para o momento histórico que estamos todos vivenciando: “ Não adianta o povo rugir igual Leão nas ruas e votar igual jumento nas urnas”. Logo, o exemplo tem que partir de casa, e, no caso, o PSOL tem que disponibilizar um Leão no qual o povo possa votar em 2014, até porque, se o Bicho não pegar nada irá mudar de verdade neste país. É isso aí, Chico Alencar. Aquele abraço. Todos pelo Leão, o Leão por todos. O Leão ruge, e o tempo urge.
“ A República Federativa do Brasil é o maior e mais populoso país da América Latina e o quinto maior em área e população do mundo. Sua área é de 8.514.876,599 km², localiza-se na parte central e nordeste da América do Sul.” Contudo, “O Brasil não é um país sério.” “ A frase não é do presidente francês Charles de Gaulle (1890-1970), mas do embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza, dita ao jornalista Luiz Edgar de Andrade, na época correspondente do “Jornal do Brasil” em Paris. Depois de discutir com De Gaulle a “guerra da lagosta”, em 1962, quando barcos franceses a pescavam na costa brasileira, Souza relatou a Edgar o encontro dizendo-lhe que falaram sobre o samba carnavalesco “A lagosta é nossa”, das caricaturas que faziam de De Gaulle, terminando a conversa assim: “Edgar, le Brésil n’est pas um pays sérieux”. O jornalista mandou o despacho para o jornal e a frase acabou outorgada a De Gaulle. “Conforme fonte Wikiquote. E por aí a gente vê que até o nosso jornalismo é ligeiro demais da conta. Atribuiu a frase a De Gaulle e Ela ganhou o mundo inteiro e tornou-se eterna. Aqui, onde um bom boato vale mais do que mil verdades, não basta dizermos a verdade, Ela tem que ter autoria famosa para ter boa e vasta repercussão. Daí a gente olha para o nosso passado e vê, com os próprios olhos, um rosário de gollpes, ditatoriais e partidário-elleitorais, enquanto carros-chefes de milhares de outros gollpes, chega-se à conclusão que não foi à toa que cunharam a frase em questão, tornando-se inevitável dizer que tanto o gollpismo-ditatorial quanto o partidarismo-eleitoral, e seus agregados, enquanto timoneiros e donos da História do Brasil, até a presente data, na verdade, são dois velhacos, no mínimo, portas abertas para Tio Sam. Tudo isso para dizer que o tema, gollpe, veio em boa hora e a calhar, direto ao ponto. O excêntrico da hora no Brasil, ou fora do eixo do velho continuísmo da mesmice, ou o “Espantalho” da hora, na seara política, na verdade, sou eu (como disse o rei, Roberto Carlos, “Esse cara sou eu”), meio que escondido atrás das siglas HMM-RPL-PNBC-ME, e de alguns pseudônimos, na estrada Política há cerca de 20 anos, tentando ocupar espaços, agindo sozinho, por conta própria e responsabilidade exclusiva. E não há nada de novo no front político além disso. Todavia, não sou de Esquerda, nem de Direita e nem de Centro, não sou comunista e nem capitalista, nem situação e nem oposição e muito menos gollpista. Aliás, me defino apenas, como “um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso…, como disse Belchior, ou apenas “uma metamorfose ambulante”, como disse Raul Seixas, sem deixar de ser apenas um trabalhador liberal de rabo preso com o social, porém com uma grande idéia a lhes transmitir, antes que a implacável e cruel ditadura do tempo me impeça de fazê-lo, a qual não se imiscui na seara e dualidade ideológica, porém já me sentindo cansado, quase esgotado e até receoso de tê-la trazido à luz e ao debate sob a luz do sol, face à velhacaria gollpista-ditatorial e partidária-elleitoral, sempre de plantão, com a sua miríade de oportunistas, aventureiros e aproveitadores, de todos os matizes, idades e tamanhos, useiros e vezeiros em adaptar tudo e todos às suas vaidades, ambições, delírios e interesses imediatos, norteados quase sempre pela velha mania de levar o máximo de vantagem em tudo o tempo todo ( que, de fato, virou Lei, implacável), cujas sínteses políticas mais expressivas e mais bem-sucedidas e definidas até agora são os 21 anos de ditadura militar, o “esqueçam o que escrevi” e o “era tudo bravata de campanha”, com todos os seus agregados e dependentes, que há pelos menos 50 anos vivem dessa mesma ópera e toada, face à qual fizeram as suas vidas. Será por causa do nosso passado que o Brasil não é tido como um país sério, ou o Brasil não é tido como um pais sério por causa do nosso passado ? Há controvérsia. A nosso ver, o nosso “Brasilzão” ainda não pode ser considerado um país sério porque ainda é apenas um gurizão de apenas 514 anos, permeável, em busca de auto-afirmação, identidade, estilo e personalidade próprias, com o seu vasto, rico e magnífico caldeirão racial ainda em ebulição, mas que tem tudo para chegar lá, e chegará, com certeza, nem que leve mais mil anos.