Reciclado no aterro sanitário para ser enterrado.
Fechada em si mesma, Angatuba é uma cidade ausente, distante de tudo, das participações que podem projetar positivamente o município na região e até no estado, no país. Na região, principalmente, ao contrário de outras cidades, não participa mais de uma competição esportiva do peso da Copa TV Tem de Futsal; ao menos se fez presente na mobilização mundial denominada o Dia do Desafio. Mas as coisas não param por aí, no 5 de junho, em todo planeta se comemora , se reverencia, se reflete, o Dia Mundial do Meio Ambiente, lógico, com exceção de Angatuba. Ao menos as escolas municipais agilizaram algo para a data que, para a felicidade de todos servidores públicos, caiu em dia que se faz ponte, uma extensão do feriado de Corpus Christi guardado na quinta-feira.
Mas, argüindo, Angatuba atualmente está tendo alguma moral para enfatizar o Meio Ambiente? Lógico que não, o município transita na contramão da defesa da natureza, e para provar isso elementos não faltam. No ano de 2008, Angatuba foi notícia em todo o estado por causa de seu grande desempenho no Programa Município Verde Azul, promovido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, quando conquistou o segundo lugar no ranking estadual, ficando atrás apenas de Santa Fé do Sul, cidade lá do oeste paulista. Nem é necessário argumentar mais nada neste quesito quando se sabe que o ranking de Angatuba, em 2014, é o de 214º lugar. Repetindo, em extenso: colocação duzentos e quatorze. Sabem lá o que é isso ?
Bom lembrar que em 2008 a prefeitura não tinha a pomposa Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tal como agora, mas o meio ambiente era zelado por pessoas ideologicamente comprometidas com a causa, e que nem ganhavam (nem por dentro nem por fora) como o atual secretário Gilberto Magno de Morais, que é tão preocupado com a ecologia quanto um nazista se preocupa com a preservação do povo judeu. Aliás, o meio ambiente até 2008, em Angatuba, era movido, além do comprometimento do poder público, também por pessoas engajadas até de forma voluntária, ou seja, que nada ganhavam para isso, felizmente algumas destas continuam na árdua luta pela salvação do planeta.
Elencando alguns fatos que denotam o total desinteresse pela atual administração em relação ao meio ambiente, podem ser citados os casos dos restos mortuários jogados nas margens de um ribeirão , da água para servir os cidadãos angatubenses ao toque de parcelas mensais, desviada, de graça, para fazenda de um parente do prefeito;árvores nativas cortadas; lixo reciclado enterrado no aterro sanitário e em outras áreas do município; entulho de ferro velho no centro da cidade; pneus acumulados pela própria prefeitura servindo para residência dos mosquitos da dengue, etc.
De fato, Angatuba não tem mesmo como comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente
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