Depois de passar os dois primeiros anos deste mandato, com quase todos seus projetos vetados pelo prefeito Di Fiori (PSDB), exceto quando homenageou itapetininganos com nomes de ruas, o vereador Fuad Issaac (PT), disse em entrevista, que chegou ao seu limite. Inconformado com mais um veto, realizou uma atitude extrema: Ajoelhou-se em plena sessão da Câmara e pediu aos vereadores, que, “em nome da democracia, em defesa do legislativo, em defesa da cultura, contra o estilo autoritário de governar do sr prefeito”, derrubassem esse veto, mais uma vez político, do alcaide, no projeto que cria a Rua da Cultura no município. O prefeito, até agora, não permitiu que, praticamente, nenhuma ideia ou projeto dos vereadores fossem realizados na cidade. Fuad disse também que “a impressão que se tem é que ele vê o legislativo como um balcão de negócios, onde os vereadores são mercadorias vendidas e compradas (nem sempre pagas), sem consciência e dignidade”.
O projeto de autoria do vereador Fuad estabelece que no trecho das ruas Carlos Ayres, no centro e no quarteirão entre as ruas Domingos José Vieira e Rua Manoel Mena Ladeira será permitido realizar fechar a vias para realização de atividades culturais.
Segundo Fuad, o projeto incentiva a realização de manifestações culturais no centro histórico de Itapetininga. “Hoje os diferente agentes culturais não podem realizar mostras, shows, exposições nas vias que circunferências a região. Claro que a nova lei respeita a legislação e, enaltece que atividades sejam feitas fora de pontos como o Centro Cultural, o Clube Venâncio Ayres e o auditório Abílio Vitor”, explica.
O funcionamento das atividades da Rua da Cultura deverão atender as legislações federal, estadual e municipal pernitentes, em especial à lei de sons e ruídos urbanos, cumprindo seu papel social, respeitando os limites da legislação no que diz respeito à limpeza das vias públicas. Durante a realização das atividades, não será permitido o trânsito de veículos, exceto àqueles pertencentes aos moradores das casas próximas.
Fuad ainda fez críticas à prefeitura que tentou vetar o projeto. “A atual administração não olha nem para agentes culturais da cidade e nem realiza projetos que incentivem tradições e valores do povo seja no teatro, na música, artes plásticas ou qualquer manifestação artísticas. Há indivíduos que não criam, mas apreciam a arte, mas nesta gestão a cultura está esquecida”, ressalta.