abr 30, 2021 Air Antunes Angatuba 0
Agora definitivamente fora do contexto político eleitoral da cidade, talvez até por longo período considerando a inegelibilidade de 8 anos, as consequências contra o ex-prefeito de Angatuba Carlos Augusto Rodrigues de Morais Turelli (PSDB), o Calá, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são prova concreta de que nunca houve “fake news” quanto às matérias jornalísticas publicadas, ou postadas, sobre suas derrotas na Justiça nos últimos anos. O próprio grupo tranquilizava a alienada militância afirmando que tudo aquilo era “intriga da oposição”, que era fake news como seus seguidores imaginavam que realmente fosse. Inclusive, até por conta de desconhecimento, ou mesmo de cego fanatismo, perante a real situação de Calá junto à Justiça Eleitoral, muitos de seus militantes acreditavam inclusive que ele tomaria posse no dia 1º de janeiro, mesmo sem ter sido diplomado.
Para a imprensa local, leia-se editoria dos blogs Onda 21 e Recepta e Jornal de Angatuba, principalmente, seria uma pacovice noticiar boatos usando o nome da então juíza da Comarca ou dos órgãos das instâncias estadual e federal. Assim como ocorreu ao longo das duas gestões de Calá (2009\2012 e 2013\2016) , quando os fatos a serem noticiados eram conferidos junto a órgãos como Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público, etc., mas mesmo assim ele não economizava tempo para processar o editor, de lavrar boletins de ocorrência e até de lançar impropérios, atualmente com menos agressividade, continuou a implantar nas mentes de seus militantes a idéia de que tudo que se publica, neste sentido, é mentira, de que é perseguido politicamente. Na verdade ele sabia que não eram falsas as denúncias feitas pelos órgãos citados entre outros, o que não queria era que tudo aquilo fosse noticiado, algo que acabava se configurando em censura. Para tais órgãos de imprensa ouvir o outro lado era impossível já que o ex-prefeito se dispôs a não atendê-los.
Quanto à assiduidade da militância em relação a Calá, isso chega a ser algo curioso, considerando que a administração dele ficou marcada mais pela realização de megas festas alusivas ao aniversário da cidade, com artistas muito caros para o padrão de Angatuba, inclusive com custo proporcionalmente muito mais alto que festividades similares realizadas em Itapeva com seus 100 mil habitantes e Itapetininga com seus 160 mil, apenas para citar a região. De restante, no período de seus governos a cidade não registrou sequer a eventualização de uma grande obra, muito pelo contrário, um núcleo habitacional conveniado no final de 2008 teve início em 2009 mas imediatamente transformou-se numa espécie de ruína no meio do mato, vindo a ser concluído pela administração que o sucedeu em 2017. Pavimentações, recapeamentos, talvez sejam seus grandes feitos, contudo obras de infraestruturas nunca deixaram de ser efetuadas no município principalmente desde os anos 1980 para cá. É interessante ressaltar que a administração que o sucedeu obrigou-se a refazer muitas das pavimentações efetuadas na sua gestão. Também, quanto a inauguração do núcleo habitacional Minha Casa, Minha Vida, o ex-prefeito o inaugurou muito antes da conclusão da obra numa atitude eleitoreira já que seria candidato à reeleição naquele ano, 2012, chaves foram entregues, famílias mudaram para as casas e por conta disto o reduto desde seu início ganhou aspectos de favelização.
Há quem diga que o famigerado portal na entrada da cidade seja uma grande obra, contudo mesmo assim ele não conseguiu concluí-lo, o empreendimento, uma espécie de “elefante branco”, acabou sendo fruto de questionamentos acerca do custo e do local em uma via de abrangência do estado e não do município. Não é novidade nenhuma de que o apreço pelo ex-prefeito deveu-se muito também a favores pessoais, a empreguismo no serviço público e gordas gratificações somadas aos salários de uma pequena parcela de funcionários.
A situação do ex-prefeito poderia ter sido agravada mais cedo caso não houvesse uma condescendência da administração que o sucedeu, até parecendo haver um conluio, que preferiu não se manifestar como deveria quanto aos inúmeros problemas herdados.
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