A Santa Casa de Angatuba passa por momento delicado e a população teme que o hospital venha a fechar suas portas. Mas se essa é uma possibilidade menos viável de ocorrer o mesmo não se pode dizer quanto a sua maternidade. Há fortes evidências de que o setor pare de funcionar, porém, uma mobilização popular está marcada para o próximo sábado, às 10h30, em frente à Santa Casa, com o intuito de evitar o fechamento. Falta de médico especializado, gestantes que precisam ser removidas para outros municípios, dois dos fatores consequentes da crise e que agravam o risco da maternidade deixar de existir. Os organizadores esperam que a população se sensibilize e se una à manifestação.
O problema representado pela Santa de Angatuba vem se agravando faz um bom tempo, médicos não recebem, o atendimento é precário, falta matérial para uso médico, remédios; outros funcionários também sempre estão aflitos com seus vencimentos, e isso desde o atraso até à defasagem. Não se sabe se existe atraso no pagamento da provedora, uma função que até em 2009 tinha caráter estabelecido no voluntariado, ou seja, nada recebia.
Não há mistério algum ,o fato de que a saúde pública no país vive em constante instabilidade, no entanto em Angatuba , na atual administração municipal não tem existido clareza sobre o que realmente ocorre com os repasses da prefeitura, principalmente,além do real emprego dos recursos no atendimento médico e os custos direcionados, em harmonioso e vigoroso galope, rumo à clínica do diretor clínico do hospital, o médico Deminan Menk, tio do prefeito Carlos Augusto Calá Turelli.
A crise na saúde pública de Angatuba tem sua atipicidade no exato momento em que ela é resultado dos reflexos da crise geral que assola Brasil, algo que estabelece uma relação comum entre o nível local e a fragilidade ocorrente em todo o país, mas não só isso, há muito a ser desvendado para que tudo volte pelo menos ao menor grau da normalidade.