fev 03, 2016 Air Antunes Artigos 1
Quando o nosso time de futebol ganha o campeonato ficamos muito felizes, vibramos, celebramos, muitos vão comemorar nas ruas aos sons de gritos e buzinações. Essa alegria do torcedor é espontânea, é algo que vem de dentro, Assim também é o comportamento de um casal com o nascimento do filho, da família que depois de muito sacrifício formou o filho numa conceituada universidade. São muitas as situações em que a alegria é fruto da espontaneidade, de algo que brota no íntimo da pessoa e o faz ela extravasar. O carnaval, por exemplo, era assim, mas não é mais. Quando chegava o período, o carnavalesco ia para as ruas movido apenas pela sua alegria, sem dinheiro público para fomentar a festa. Ou seja, é por isso que o carnaval, pode se dizer, acabou, pois agora pelo que se vê a tal alegria para muitos só tem sentido se tiver verba pública inserida.
Mesmo nos grandes centros, escolas de samba eram possíveis e já eram notórias, apenas com o esforço da comunidade, não existia esse negócio de televisão no meio. Blocos saíam para as ruas fantasiados ao custo deles mesmos, e havia, ainda, os bailes de salão que, igualmente, não dependiam de verba pública. Nas escolas de samba, por exemplo, os destaques eram os próprios moradores da comunidades, talentos anônimos sem o glamour proporcionado por maquiadores e vestuários luxuosos. Dalí saía o verdadeiro samba no pé, passistas fabulosas, tudo isso acabou. Agora o lema é a tal rainha da bateria, uma beldade global geralmente imposta por emissora de televisão, alguém que está ali para promover a si própria e à emissora em que trabalha. Quer dizer, o verdadeiro samba saiu da avenida global, porque o que interessa agora é mostrar luxo, mulheres peladas, personalidades artísticas os quais a última coisa que sabem fazer é sambar, e uma classe social de novos ricos que participa porque estar ali é uma maneira de se identificar como elite, mesmo que ainda na situação de emergente na maioria das vezes.
O perfil não muda nas cidades pequenas, que ficaram viciadas no aroma festivo que proporciona o dinheiro público torrado com carnavais, entre outros eventos como rodeios-shows. Ninguém mais exala alegria espontânea com o carnaval sem o respaldo do dinheiro público. O carnaval, sem dúvida alguma, deixou de ser espontaneamente hegemônico, perdeu a alegria natural para a negociação em que se troca patrocínio de festas por votos nas urnas.
happy wheelsnov 12, 2023 0
out 12, 2023 0
jul 06, 2023 0
maio 31, 2023 0
Felizmente Angatuba é uma cidade bem administrada e estruturada em todos os aspectos, podemos e vamos festejar sim!
Um belo carnaval estamos tendo e em breve o maior e melhor rodeio da região agora em local privilegiado.
Vão lá ver, amamos os invejosos também rsrsrs…, tem espaço para todos