abr 29, 2014 Air Antunes Ilustrada 0
Anda existindo uma orquestração pesada contra o funk, mas no gênero da forma que se faz no Brasil. Na verdade tais críticas, muitas vezes preconceituosas, partem de pessoas que nem entendem de música e que nem sabem que existe algo que é o verdadeiro funk, o que nasceu nos Estados Unidos. O funk brasileiro, podemos dizer assim, nascido nas favelas do Rio de Janeiro, tem alguma influência do gênero Miami bass, nascido nos Estados Unidos, mas algo muito distante do que fazia o ícone do funk norte-americano James Brown.
Aliás, o termo “funk” para o que se faz no Brasil é em grande parte mais atribuído ao estilo dos bailes, e não exclusivamente ao ritmo musical, isso é bom deixar claro.
Particularmente, não gosto do funk brasileiro e não sou adepto ao dos Estados Unidos, embora reconheça algo de bom daquele reduto, mas observo que no Brasil a resistência ao gênero tem muito a ver também com a discriminação à pobreza material , ao “morenismo” do morro e de quem o adere, assim como a pobreza criativa. Por outro lado há quem faça relação entre o funk com a obscenidade, à violência, ao consumo e ao tráfico de drogas, mas isso chega ser injusto no exato momento em que deslizes de caráter como estes também são observados entre os “filhos de papai” em seus rachas com carros de luxo, e não seria radicalismo algum aqui afirmar que ignorar isso é pura hipocrisia.
O verdadeiro funk
Nascido na década de 1960 nos Estados Unidos, o funk é um gênero musical misturado do soul, do jazz e do rhythm blues e uma de suas características é ter menos melodia e harmonia e ter ritmo mais levado pelo baixo elétrico e a bateria ao fundo. Não vou entrar muito nos detalhes das outras características do funk, pois não sou músico, apenas um curioso que já escreveu coluna de rock em dois jornais diários nos anos 90, mas sei que na década de 70 o gênero influenciou gente boa do jazz como Miles Davis, George Duke e Herbie Hanckok.
O nome “funk” é um adjetivo inglês para descrever música com ritmo mais lento mas ao mesmo tempo sexy, além de frases musicais repetidas. Considerando estas características os negros norte-americanos passaram a chamar o gênero de funk.
Alguns grandes nomes do funk são James Brown, praticamente o papa do gênero; as bandas Parliament, Funkadelic, Average, White Band, The Commodores; Earth, Wind & Fire; K.C. and The Sunshine Band; Kool & The Gang; Rick James; Chaka Kan e até Michael Jackson e Prince.
Acompanhe nos videos três momentos do verdadeiro funk.
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