“Operários” (1933), obra de Tarsila do Amaral
O brasileiro, por causa da Copa do Mundo no Brasil, passou a conviver com o termo “padrão Fifa”, algo que especifica o mais alto grau de qualidade. Na verdade, o “padrão Fifa” só apareceu depois da Copa da França, em 1998, e logo foi colocado em prática para a Copa do Japão/Coréia do Sul em 2002. O que é “padrão Fifa?” A Fifa (Federação Internacional de Futebol Associados) denominou oficialmente o tal padrão de qualidade Fifa.
Segundo explica a maior entidade do futebol do mundo, o Programa de Qualidade da Fifa visa oferecer um padrão internacionalmente confiável, com qualidade nas áreas mais importantes para os jogadores de futebol: equipamentos ,superfícies, tecnologia e serviços utilizados no esporte. É objetivo, com este padrão, aprimorar as condições do jogo e proteger o jogadores, clubes e associações, fornecendo aprovação ´produtos que cumpram os mais elevados padrões de segurança e qualidade. A pesquisa que fundamenta o programa de qualidade inclui estudos, pesquisas e análises aprofundadas sobre as necessidades dos jogadores, abrangendo diversos aspectos, desempenho, durabilidade, garantia de qualidade e conforto dos jogos. Além dos requisitos técnicos, o Programa de Qualidade da Fifa também leva em consideração os padrões éticos. A responsabilidade social é parte integrante dos critérios de certificação e garante a conformidade com práticas comerciais éticas relacionadas ao trabalho infantil, horas de trabalho, requisitos de saúde e segurança e responsabilidade ambiental, de acordo com a Federação Mundial da Indústria e Produtos Esportivos.
Toda esta polêmica criada em torno do “Padrão Fifa” não é exclusividade do Brasil. O Programa de Qualidade da Fifa é algo recente dentro da história do esporte mundial. Foi apenas a partir da Copa do Mundo de 2002 que a Fifa vigorou o seu padrão e isso, naturalmente, exigiu mais dos países que viessem a sediar a Copa, como aconteceu com Japão e Coréia do Sul, Alemanha e África do Sul e agora o Brasil.
O grande problema para os países que realizaram a Copa a partir de 2002 é que o padrão estabelecido pela Fifa desaprova estádios, às vezes aqueles que estão entre os melhores do país, como ocorreu com o Morumbi. Não é fácil reformar praticamente todo um estádio, como ocorreu no Brasil, dentro dos requisitos da Fifa, com padrão de custo muito superior.
Antes das exigências do padrão Fifa, de 1998 para trás, os países sedes davam uma melhorada básica em seus melhores estádios e a Fifa fazia apenas uma vistoria nas condições de segurança, nas estruturas como os vestiários e salas de imprensa, nada mais que isso. Aliás, para a imprensa já houve copas em que a estrutura não diferenciava em nada daquelas usadas por correspondentes de guerra, sob barracas ou o uso de algum velho edifício nas proximidades do centro dos acontecimentos. É logico que para o país sede havia também um pacote de incumbências mas nada como agora.
No Brasil o padrão Fifa gerou uma série de manifestações por conta de gastos públicos, no entanto, embora ocorra nesta guerra toda influências de uma mídia perversa que vive colocando lenha na fogueira como forma de influir nos resultados das eleições, manifestantes manipulados por um partido que quer voltar ao poder, etc.,etc. É preciso se conscientizar de que todas estas providências tomadas pelo Governo Federal eram necessárias independentemente da Copa do Mundo, a diferença é que por causa desta grande competição esportiva tais obras tiveram início e foram aceleradas. Mobilização urbana, melhorias nos aeroportos, tudo isso é imprescindível.
Nem vamos voltar a enfatizar aqui sobre o que é de incumbência privada ou pública ou a quem compete ou competiu o gasto disso ou daquilo porque são detalhes já várias vezes esmiuçados, mas é bom que alguns se conscientizem dos fatos para não ficar divulgando bobagens, mitos, em redes sociais, vomitando asneiras simplesmente porque não simpatizam com a presidente da República ou com o PT.
Enfim, o padrão Fifa, que suscitou choro e ranger de dentes em alguns, foi algo inevitável e é algo que repercutirá para muito além da Copa, mas por enquanto fiquemos por aqui torcendo para que seja mantido no Brasil um padrão de qualidade já iniciado para erradicar o analfabetismo político, o analfabetismo midiático, a falta de cultura, o mercenarismo da elite, a massificação da burrice propagada pela televisão, pois só assim saberemos eleger e manter no poder quem realmente pensa na política como benefício exclusivo para o povo.
Padrão FIFA em seus dirigentes kkkkkk.desde a passagem de João Havelange se tornou uma das mais corruptas do mundo. Ou to escrevendo besteira?