ago 01, 2017 Air Antunes Artigos 0
JOÃO LUIZ LIBERATO
Globalização, mundialização ou internacionalização são expressões alcunhadas para definir e conceitualizar o processo integrativo entre países, entidades governamentais e pessoas em suas diversas relações em todo o globo. Por meio desse processo realizam transações financeiras e comerciais e disseminam suas nuanças culturais por todos os cantos do planeta, formando desta feita, uma verdadeira aldeia global. E claro, é neste contexto que as inovações tecnológicas cumpre um papel destacado e fundamental dentro dessa realidade cada vez mais sólida, proporcionando mais celeridade e agilidade ao mesmo.
Pode-se dizer que, no entanto, que a globalização não é um assunto ou um fato novo uma vez que a humanidade assistiu outras globalizações com formatos muito parecidos que a contemporânea, trazendo consigo uma multiplicidade muito grande de aspectos positivos e negativos como tudo o que tange a nossa sociedade.
De forma simplista, podemos dizer que a globalização é um vasto e imenso “balcão de negócios”; um mercado financeiro mundial consolidado a partir de diferentes países resultando na quebra de fronteiras desses mercados.
Posto assim, a humanidade se vê mergulhada em um sistema neoliberal e com vocação capitalista com todos seus bons e maus efeitos colaterais pertinentes como se fosse os dois lados de uma balança dessa, digamos, grande intensidade de relações e interações humanas, alterando mormemente e significativamente o cotidiano dos governos, empresas públicas e privadas, Ongs e dos cidadãos comuns em seus respectivos países no que concerne como já dito às relações comerciais, políticas, sociais e pessoais bem como a empregabilidade, a maximização cultural e o aumento considerável do acirramento competitivo de todos os atores que compõem a atual estrutura macropolítica/macroeconomica.
Há muitos especialistas que evidenciam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas celeumas e discordâncias no cerne dessa discussão. De qualquer forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social desencadeada pela mesma, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que amarra a questão às contradições do capitalismo.
Afora isso, sentencia-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Diante disso, cria-se segundo essas opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, desconstruindo dessa forma, suas matrizes convencionais e tradicionais.
Entre os aspectos que podem ser considerados positivos da globalização, são os avanços proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos bem como uma maior difusão de conhecimentos. Exemplificando, qualquer fato relevante que ocorra em um país é imediatamente disseminado para todo o planeta. Os aspectos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial, financeira entre outros diferentes fatores.
É míster lembrar que o que pode ser entendido como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Não é interessante neste momento, dentro deste pensamento julgar se esse processo é deletério ou não para nós e para o planeta.
São vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos, sendo algumas mais preponderantes que outras e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.
A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.
João Luiz Liberato, funcionário municipal da prefeitura de Angatuba.
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