out 17, 2014 Air Antunes Artigos 0
Alguém tece seus comentários embasados nos jornais lidos, inclusive os tendenciosos (até como parâmetro), nas estatísticas, nos livros dos especialistas, nas reações originadas em outros países, no aprofundamento que sua própria atividade exige, etc. Este é um ponto. O outro ponto reside no fato de que este tem uma visão socialista de mundo, mais humana, então também tece em seus comentários Marx (não o Groucho), Bobbio, Chomsky, Hobsbawn, Sartre, transcreve Frei Betto, Leonardo Boff, Marilena Chauí, se apóia em revistas como Caros Amigos, Carta Capital, Fórum, nos blogs de Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Luis Nassif, Onda 21, etc. Assim, quando manifesta seu ponto de vista em blog, rede social, surge, além dos comentários daqueles ideologicamente identificados complementando o raciocínio, o “gaiatismo”, podemos dizer assim, com reações das mais pífias: “kkkkkkk”, “….é, mas e o PT também fez isso, também fez aquilo”, ou seja argumento não existe para contrariar o que não gostaram. Mas enfim, é a luta entre quem demonstra ter base para seus pronunciamentos contra quem é o “idiota útil” , que até defende o seu lado porque de alguma forma usufrui de algum esquema, porque vendeu seu voto, porque está faturando com campanha., não importando o quanto é um crápula seu candidato.
Sabe-se que existem os direitistas até muito bem estudados, bem sucedidos economicamente, porém, estes geralmente são terminantemente contrários a qualquer governo que promova projetos erradicadores da pobreza, que tentam dar oportunidades as classes mais baixas no ranking da economia. Estes não querem mudanças porque do jeito que está , ou já esteve, é muito confortável para eles. Imaginam que programas sociais significarão redução de seus padrões nababescos de vida. Além disso, costumam ser “preconceituosos enrustidos” ou mesmo abertamente. Como disse uma socialite paulistana: “agora corremos o risco de, passeando por Nova York, encontrar a filha do porteiro do prédio”. Ou também como falou uma madame de Porto Alegre na ocasião em que um grupo de dondocas se reuniu para recepcionar Aécio Neves: “Se não fizermos algo os pobres vão tomar conta”. Tem aquele lance ainda, “os aeroportos estão parecendo rodoviária”, entre outras babaquices destiladas por estes que querem os brasileiros divididos rigorosamente como antigamente, ou seja, uma minoria privilegiada na casa grande e a grande massa na senzala.
Vive-se nesta campanha eleitoral uma verdadeira luta de classes . De um lado uma corrente de privilegiados economicamente, com o apoio de alguns pobres para os quais a ficha ainda não caiu e que cacarejam de seus galinheiros em favor da raposa para deles tomar conta. De outro lado, estão aqueles que lutam ideologicamente contra a desigualdade social, que fazem suas campanhas espontaneamente, que não vendem seus votos, que não vão às urnas para garantir a boquinha que eventualmente estão tendo via algum esquema escuso.
Há quem diga que “não existe mais esta coisa de direita ou de esquerda”. Existe, sim. Ser de esquerda significa lutar contra as desigualdades, é empreender uma política que beneficia mais o pobre, enquanto a direita é capitalista, só pensa no consumo, é contrária às políticas sociais e se não for fiscalizada lesa o quanto pode os direitos do trabalhador. Na direita também se incluem os pobres alienados que não se informam, que tem como exemplos de seus “embasamentos ideológicos” coisas como ” viu o que o Datena falou?”, “aquela apresentadora do SBT, Raquel, é foda!”, “deu na Veja”, “deu no Jornal Nacional”, “o Ratinho falou”, “pô meu, foi o prefeito que falou”, “paaaare, meu!”. Enfim, entre estes ainda há quem votou no candidato xis porque recebeu um envelope com R$ 100, 00 , quem se achou por ter “dado uma volta” no “caminhonetão” do prefeito ou do secretário, ou ainda porque alguém pagou o churrasco dos “manos”, etc.etc.etc.
Os termos “esquerda” e “direita” nasceram nas assembleias francesas do século 18. Nessa época, a burguesia procurava, com o apoio da população mais pobre, diminuir os poderes da nobreza e do clero. Era a primeira fase da Revolução Francesa. A Assembleia Nacional Constituinte foi montada para criar a nova Constituição, mas as camadas mais ricas não gostaram da exaltação das mais pobres, e resolveram não se misturar, sentando separadas, do lado direito. Por isso, o lado esquerdo foi associado à luta pelos direitos dos trabalhadores e o direito ao conservadorismo e às classes altas. Sintetizando, o filósofo político italiano Noberto Bobbio explica que os dois lados ainda hoje lutam por reformas, a esquerda busca a justiça social e a direita, a liberdade individual.
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