fev 18, 2016 Air Antunes Angatuba 8
O prefeito de Angatuba, Carlos Augusto Calá Turelli (PSDB), agora tem a rede social Facebook como seu canal de comunicação com o povo. Alí, no seu vernáculo peculiar, procura rebater críticas, explicar dados e “acariciar” o ego daqueles que o têm como o “grande líder. Enfim, numa de suas últimas falas o prefeito justificou a situação da Santa Casa local, apresentou valores repassados pela prefeitura, desde 2006, acentuando que em seus governos tais repasses foram mais generosos. A seu modo , até pode ter convencido alguns de seus discípulos, os tais que, segundo afirma-se corriqueiramente, são os ditos “puxa-saco”. Explicar ele explicou, mas até onde o interessa.
Vale realçar que, às vezes, não apenas o prefeito, mas também alguns de seus cupinchas se dão ao luxo em afirmar que aquele hospital não é da prefeitura, que “a prefeitura não tem obrigação”, que lá existe uma diretoria, etc.etc. De fato, a Santa Casa é uma fundação, uma irmandade, de caráter filantrópico, contudo, as prefeituras da maioria dos municípios repassam verbas porque, além de atender à uma filantropia, o fazem pela inexistência de um hospital municipal. Aliás, seria mais custoso para o município manter um hospital da administração pública do que atender a uma Santa Casa.
Quanto aos valores repassados pela prefeitura na era Calá, é lógico que seriam, como são, maiores, e isso até ocorre porque o tempo é impiedoso em termos de números (de custos), a cada ano além de aumentar a população, aumentam os serviços, a demanda e, consequentemente as manutenções. Mas os repasses federais também aumentaram a cada ano, e, coincidentemente, muito mais a partir da primeira gestão de Calá, curiosamente um prefeito tucano que tem seu discurso decorado contra o Governo Federal. Inclusive, houve reajuste maior no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), em 2010, e cada soma anual que se seguiu é bem mais que o dobro do mesmo período de dez anos atrás.
O prefeito é, mais um vez, evasivo, superficial, quando deixa de explicar como o hospital está gastando, para onde está indo o recurso, pois é este o xis da questão neste momento. Dizer que o problema é da diretoria é comprometedor no exato momento em que a maioria das ordens correntes no hospital parte do gabinete do prefeito, e é assim que se dá um atendimento especial a um paciente que tem recomendações oficiais; é assim que se ameaça um funcionário com demissão caso ele se rebele com baixo salário , ou com atraso do pagamento. Enfim, é com a determinação do prefeito que se paga um gordo salário para uma provedora, função que até antes da era Calá não tinha vencimento, que era exercida por alguém à base do voluntariado e com responsabilidade até maior. O prefeito ao menos explica qual é o ganho da Clínica Policlin, do tio, o médico Demien Menke, assim como não explica porque falta medicamento , até álcool, ou porque um raio X é a imitação de algo que é imprescindível a um hospital.
Repasses federais desde 2005
Uma vez que o prefeito destacou os valores repassados pela prefeitura, à Santa Casa, desde 2006, é interessante destacar também quais foram os repasses federais, não apenas para a Saúde, para a prefeitura de Angatuba em todo este período. Em 2016, até esta quarta-feira (17/02), os repasses já somam um valor de R$ 2. 696. 560,80. Em 2015, de acordo mostra, especificadamente, o quadro embaixo, o repasse foi de R$ 27.084.182,60. Seguindo rumo ao passado, os valores totais, até 2005, foram os seguintes:
2014: R$ 24.172.904,77
2013: R4 20.139.736,70
2012: R$ 19.434.702, 64
2011: R$ 18.104.520,35
2010: R$ 14.946.892, 38
2009: R$ 13.133.028,11
2008: R$ 11.848.105,60
2007: R$ 8.361.851,30
2006: R$ 7.394.575,97
2005: R$ 7.123.872,44
Repasses do Fundo Nacional de Saúde (FDS) desde 2009:
2009: R$ 2.932.673,38 (Na divisão, entre outras, para a prefeitura: R$ 2.811.146,47; para a Santa Casa: R$ 47.957,40)
(Incluído no valor anual ainda tem o repasse aos estabelecimentos particulares, como ocorre em todos os anos enumerados na sequência)
2010: R$ 3.175.891, 88 (Na divisão, entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: R$ 1.012.697,49; para a Santa Casa: R$ 43.960,95)
2011: R$ 3. 745.802, 17 (Na divisão entre outras, para o Fundo Municipal de Saúde: R$ 3.555.420,21; para a Santa Casa: R$ 51.953, 85)
2012: R$ 4.167.966,91 (Na divisão , entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: 3.912.337,60; para a Santa Casa: R$ 43.960, 95).
2013: R$ 4.202.829,78 (Na divisão, entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: R$ 3.847.907,37; para a Santa Casa, R$ 51. 953,85).
2014: R$ 4.789.360,94 (na divisão, entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: R$ 4.292.396,20; para a Santa Casa: R$ 43.960,95).
2015: R$ 4.777.684, 09. (Na divisão, entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: R$ 4.118.054, 29; para a Santa Casa: R$ 51.953, 85)
2016: (até 17/02): R$ 650.247, 75. (Na divisão, entre outras, para o Fundo Municipal da Saúde: R$ 590.939,59; para a Santa Casa: R$ 3.996,45)
happy wheelsnov 26, 2023 0
out 10, 2023 0
out 03, 2023 0
ago 25, 2023 0
soube que o akamilton esta mandando na santa casa cobre ele
Com a palavra a Diretoria da Santa Casa e também a Câmara de Vereadores. De fato essas instituições são mesmo submissas ao prefeito? O debate começou a ficar interessante…
Senhor OBSERVADOR, creio que o questionamento não deve ser a este editor, mas sim aos protagonustas da questão. Eu só notício, escrevo o que vejo, e não será me questionando que o problema vai ser resolvido. Na verdade quem deveria levantar a questão sobre o que escrevi seria o próprio prefeito, pois a prefeitura foi citada na noticia, mas ele nunca o faz. Também, a diretoria poderia questionar a matéria, também não o faz. O ex-prefeito Emílio, o seu partido o PMDB, todos estes deveriam levantar algum tipo de questão. Na minha matéria pretendi apenas mostrar os números nestes últimos 10 anos. Quanto à Santa Casa de Angatuba, a exemplo da Câmara Municipal local, trata-se de uma instituição que realmente é dirigida pelo prefeito, negue ele ou não.
Não me leve a mal…mas está dizendo que o prefeito faz tudo isso e a DIRETORIA assiste a tudo e não faz nada…Quem nomeia a provedora, o Sr. sabe? Evasivo no assunto, me desculpe…mas tem mais gente aí evasiva aí…
Bem quanto a mais essa “acusação” do senhor, cito mais esse parágrafo, pois o prefeito usa o hospital como bem quer, mas na hora da responsabilidade vem com essa de diretoria:
“O prefeito é, mais um vez, evasivo, superficial, quando deixa de explicar como o hospital está gastando, para onde está indo o recurso, pois é este o xis da questão neste momento. Dizer que o problema é da diretoria é comprometedor no exato momento em que a maioria das ordens correntes no hospital parte do gabinete do prefeito, e é assim que se dá um atendimento especial a um paciente que tem recomendações oficiais; é assim que se ameaça um funcionário com demissão caso ele se rebele com baixo salário , ou com atraso do pagamento. Enfim, é com a determinação do prefeito que se paga um gordo salário para uma provedora, função que até antes da era Calá não tinha vencimento, que era exercida por alguém à base do voluntariado e com responsabilidade até maior. O prefeito ao menos explica qual é o ganho da Clínica Policlin, do tio, o médico Demien Menke, assim como não explica porque falta medicamento , até álcool, ou porque um raio X é a imitação de algo que é imprescindível a um hospita”l.
Só para o debate não parar por aqui…por esse editor do blog (Sr. Air), o qual respeito muito, tem uma propensão a não cobrar responsabilidade por seus da DIRETORIA da Santa Casa e transfere todos os esforços e críticas ao chefe do executivo e a provedora?
Ei, seu OBSERVADOR, não perdes mesmo o costume em descaracterizar esse editor, mas leia bem o que escrevi neste parágrafo e verás que quem se equivoca é vossa senhoria: :
“Vale realçar que, às vezes, não apenas o prefeito, mas também alguns de seus cupinchas se dão ao luxo em afirmar que aquele hospital não é da prefeitura, que “a prefeitura não tem obrigação”, que lá existe uma diretoria, etc.etc. De fato, a Santa Casa é uma fundação, uma irmandade, de caráter filantrópico, contudo, as prefeituras da maioria dos municípios repassam verbas porque, além de atender à uma filantropia, o fazem pela inexistência de um hospital municipal. Aliás, seria mais custoso para o município manter um hospital da administração pública do que atender a uma Santa Casa”.
Mais uma vez está equivocado o nobre subscritor desse blog. A responsabilidade de fato é da Diretoria. A Diretoria é que mantém a provedora no cargo. Se os repasses aumentar e a situação piorou, é porque estão sendo mau geridos os recursos. Já disse aqui outra vez…a Diretoria é omissa ou é conivente. Precisamos ter mais clareza em demonstrar os fatos para a sociedade…e não apenas meia verdade!