maio 21, 2019 Air Antunes Artigos 0
Nestes últimos tempos , por causa da política, amizades foram desfeitas, ou pelo menos perderam o instinto da afetividade, até em algumas famílias houve rupturas inimagináveis. Nas redes sociais o vocabulário se exacerbou em vulgaridades, o respeito ficou em último plano, e tudo aquilo que poderia ser um debate democrático e saudável tornou-se uma verdadeira batalha cujas armas foram palavras das mais agressivas. De um lado, esquerdistas ou simpatizantes defendendo suas idéias à base do fator ideológico e, do outro, direitistas, à base de um desenfreado fanatismo defendendo idéias fascistas, racistas, de um capitão do Exército que, além de fugir de debates, não apresentava como até hoje não apresenta, um projeto sequer em favor dos pobres e da grande massa trabalhadora.
Eleito aquele que hoje o mundo todo abomina, o país, como era de se esperar, ficou refém das expectativas sobre o que iria acontecer. Agora passados cinco meses do governo de Jair Bolsonaro, um militar que foi expulso do Exército por transtornos mentais, o que se vê é um país sem rumo, aliás, rumando para o fundo do poço. A crise, uma das piores dos últimos tempos acaba encontrando terreno fértil num governo repleto de gente estranha, a começar pelo “mito”, de pessoas que falam coisa com coisa, que citam fatos históricos sem qualquer conexão com a realidade, sem conexão alguma com o tempo e espaço, e que brigam entre si usando inclusive palavras de baixo calão como forma de agredir os parceiros de “ideologia”.
Infelizmente, toda esta atrapalhada nascida de um fanatismo, de um fundamentalismo bélico/religioso/falso moralista, atinge também todos aqueles esquerdistas que alertaram sobre o perigo de eleger um “mito”, numa espécie de reedição do ocorrido na Alemanha dos anos 20, quando dali surgiu Adolf Hitler, afinal de contas os efeitos da crise não distinguem quem votou em quem, quem é de esquerda, de direita ou ultra-direita.
De qualquer forma o mal já está delineado, os gêneros de primeira necessidade sobem de preço a todo momento, o gás, o combustível, a energia elétrica, tudo está ficando mais caro, bem mais caro. Aumenta o desemprego, os direitos dos trabalhadores estão sendo dizimados, uma reforma da previdência social deverá “ferrar” a todos os pobres, aos ricos, não. Aliás, todas as propostas deste governo só favorecem aos “podres de rico”, aos grandes conglomerados empresariais.
Enquanto isso, o novo governo nomeia ministro do meio ambiente que favorece empresas que desmatam e caçadores, um ministro da Justiça que estimula a posse de armas para os cidadãos , especialmente para aqueles que tendem a matar negros por “confundí-los” com bandidos, como já os fizeram a Polícia Militar e o Exército; nomeia ministra da Agricultura que concede todas as condições para o aumento exacerbado de agrotóxicos na lavoura; nomeia um ministro das Relações Exteriores que, como o presidente, se mete em questões internacionais que nada tem a ver com o Brasil e torna o país uma piada mundial; que nomeia um ministro da Educação que pretende erradicar de vez o ensino público; que nomeia um ministro da Economia que vai entregar o país aos interesses do mercado internacional e pretende acabar com todos os direitos do trabalhador e entregar a previdência ao setor privado; que nomeia uma ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tem uma mentalidade medieval e que fala coisas imagináveis apenas para débeis mentais. E o que dizer de um presidente que tido em todo mundo como racista, homofóbico, racista e que atende tão somente aos interesses dos Estados Unidos enquanto ridiculariza seu próprio país e os brasileiros? O Brasil está ou não realmente afundado ?
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