mar 17, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
PATRÍCIO TEIXEIRA– O cantor e violonista carioca Patrício Teixeira foi um dos pioneiros da gravação no Brasil, iniciando carreira na década de 20 nas companhias Odeon, Parlophon, Columbia e Victor. Nasceu na Praça 11 e não conheceu o pai nem a mãe. De 1910 a 1915, acompanhava-se ao violão, fazendo serenatas na Vila Isabel e na Praça 11. Com o aparecimento do rádio, foi um dos pioneiros participando como cantor inicialmente na Rádio Clube do Brasil, passando para a Guanabara, Cajuti, Sociedade, Mayrink Veiga e outras. Somou quase trinta anos prestando serviços em emissoras de rádio.Gravou diversos discos, interpretando valsas, modinhas, lundus, sambas etc. Trabalhou com Pixinguinha, Donga e os Oito Batutas, e nas décadas de 20 e 30 emplacou vários sucessos: “Casinha Pequenina”, “Trepa no Coqueiro” (Ari Kerner), “Gavião Calçudo” (Pixinguinha), “Xoxô” (Luperce Miranda), “Cabide de Molambo” (João da Baiana), “Sete Horas da Manhã” (Ciro de Souza). Um de seus sucessos, “Não tenho lágrimas”, está na trilha sonora do clássico filme “Touro Indomável”, de Martin Scorsese e com Robert de Niro no papel principal. Teve atuação destacada como professor de violão e canto. Algumas de suas alunas foram Aurora Miranda, Linda Batista e as irmãs Danuza e Nara Leão, além da atriz Maria Lúcia Dahl. Nasceu no Rio de Janeiro em 17 de março de 1893, morreu no Rio de Janeiro em 9 de outubro de 1972.
NAT KING COLE– Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, cantor e músico de jazz, Pai da cantora Natalie Cole. O apelido de “King Cole” veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole. Sua voz marcante imortalizou várias canções, como: “Mona Lisa”, “Stardust”, “Unforgettable”, “Nature Boy”, “Christmas Song”, “Quizás, Quizás, Quizás”, entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.Suas músicas românticas tinham um toque especial junto a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso. Nasceu em Montgmomery, Alabama, em 17 de março de 1919, morreu em Santa Monica, California, em 15 de fevereiro de 1965.
EDINO KRIEGER- O catarinense Edink Grieger é um compositor erudito que desenvolve uma trajetória poliforma. Sua primeira obra, de 1944, é uma Sonata para violino em estilo barroco que relembra Corelli. Do mesmo ano é seu Improviso, já seguindo o impressionismo musical. A influência de Koellreutter se faz notar logo no ano seguinte, com o Trio 1945, o Quarteto de cordas e a canção Tem piedade de mim. Nos Estados Unidos começou seu desligamento da escola dodecafonista e suas explorações com novas técnicas de harmonia e orquestração, como fruto de seu contato com Milhaud e Aaron Copland. Desta fase são sua Melopéia, para grupo de câmara, e Fantasia, para grande orquestra. Reincidências no dodecafonismo aconteceram sob o estímulo de Krenek, gerando o Sururu nos doze (1951), a Música para piano e a Balada para três vozes femininas, flauta e violão, onde já se nota um hibridismo estilístico, com exóticas explorações de modalismos em atmosferas dodecafônicas.Depois de trabalhos de índole neoclássica e sua fase londrina caracterizada por um certo retraimento Krieger, nas décadas de 1960 e 1970, criou suas peças mais significativas : o “Ludus Symphonicus” (1965), escrito para o 3º Festival de Música de Caracas e estreada pela Orquestra Filarmônica da Filadélfia, o bailado “Convergências” (1968); o “Canticum Naturale” (1972), para soprano e orquestra, baseada em cantos de pássaros e ruídos ambientais da Amazônia; “Ritmata” (1974), para violão solo, de grande sucesso, e o notável “Estro Armonico”, de 1975, uma de suas obras-primas, organizada em um sistema de serialismo vertical de grande coesão estrutural. Os anos 80 também testemunharam a aparição de composições bem sucedidas, como “Sonâncias I” para violino e dois pianos (1981) e o “Romance de Santa Cecília” (1989), para narrador, soprano, coro infantil e orquestra, em três movimentos, onde empregou motivos de antigas danças e cantos plagais para criar uma atmosfera de alegria, despojamento e devoção. Sua produção mais recente é assinalada pelo Concerto para dois violões e cordas (1994), o “Te Deum puerorum Brasiliae” (1997), composto para a visita do Papa ao Rio de Janeiro, onde fundiu vários sistemas modais: cantos gregorianos, regionalistas e indígenas, e Terra Brasilis, escrita por encomenda do Ministério da Cultura para celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Edino Krieger nasceu em Brusque /SC, em 17 de março de 1928.
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