jul 22, 2014 Air Antunes Efeméride Musical 0
AMÁLIA RODRIGUES– Amália da Piedade Rodrigues, fadista, cantora e atriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comumente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século 20. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres. Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este gênero musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill. Rodrigues falava e cantava em castelhano, francês, italiano e inglês. Até a sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países , vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número vezes maior que a população de Portugal. Nasceu em Lisboa em 23 de julho de 1920, morreu em Lisboa em 6 de outubro de 1999.
FRANZ BERWALD– Franz Adolf Berwald, compositor sueco do século 19. As pessoas praticamente ignoraram suas composições enquanto ele era vivo. Por isso, ele teve que procurar uma outra ocupação. Berwald trabalhou como cirurgião ortopédico, e posteriormente dirigindo uma serraria e uma fundição de vidro. Ele agora é considerado o compositor sueco mais importante de seu século. Em 1976, a nova sala de concertos da Sveriges Radio recebeu o nome de Berwaldhallen. Nasceu em Estocolmo em 23 de julho de 1796, morreu em Estocolmo em 3 de abril de 1868.
GIUSEPPE SCARLATTI– Giuseppe Domenico Scarlatti, compositor italiano. Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, suas maiores contribuições para a música foram suas sonatas para teclado em um único movimento, em que empreendeu abordagens harmônicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca européia, suas composições, mais leves e homofônicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico. Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti, também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras lições de música com seu pai. Outros compositores que também podem ter sido seus professores foram: Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado seu estilo musical. Scarlatti se tornou compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele revisou a ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois seu pai o mandou para Veneza. Não existem registros a seu respeito nos próximos quatro anos. Em 1709, ele foi a Roma a serviço da rainha polonesa, então no exílio, Marie Casimire, onde ele encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiática recepção às sonatas do compositor. Já um cravista renomado, há uma história de que numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, ele talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel. Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir sua ópera Narciso no King’s Theatre. Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi a Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Esteve novamente em Nápoles em 1725. Durante uma visita a Roma, em 1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729 se mudou para Sevilha onde permaneceu por quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha. D. Maria Bárbara tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado. Scarlatti foi amigo do cantor castrato Farinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece “a informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os nossos dias”. Scarlatti faleceu em Madrid, com 71 anos. Sua casa na Calle Leganitos é identificada com uma placa histórica e seus descendentes ainda vivem naquela cidade. Nasceu em Nápoles em 26 de outubro de 1685, morreu em Madrid, Espanha, 23 de julho de 1757.
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