MAX- Maximiano de Sousa ou Max , cantor e fadista português.Foi uma das mais populares vedetas da rádio, do teatro e da televisão portuguesas, desde os anos quarenta até à sua morte em 1980. A ele se devem êxitos como Noites da Madeira, Bailinho da Madeira ou A Mula da Cooperativa. E nada faria prever que este jovem madeirense que sonhava ser barbeiro e fora alfaiate, viria a ser um dos mais populares artistas portugueses. Foi em Funchal que iniciou a sua carreira artística. Sonhara também ser violinista, tinha ouvido para a música mas pouca paciência para aprender o solfejo, e acabou por aprender o ofício de alfaiate. Contudo, o bichinho da música que sempre tivera, fê-lo estrear-se em 1927 na ” Praia Oriental ” no Funchal, veio a tornar-se numa carreira em 1936, quando começa a atuar no bar de um hotel l: cantor à noite, alfaiate de dia. Em 1942, é um dos fundadores – como cantor e baterista – do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa sensação nas noites madeirenses e que, eem 1946, vem conquistar Lisboa. O trabalho é muito e o conjunto assenta arraiais no night-club Nina, interpretando os ritmos do momento – boleros, slows, fados-canções. E é o Fado Mayerúe de Armandinho e Linhares Barbosa, mais conhecido como Não Digas Mal Dela, que populariza a voz de Max e leva à sua saída do Conjunto de Toni Amaral, iniciando finalmente a carreira a solo que desejava em 1948. Agora atuando sozinho, Max dispara para o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assina contrato com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com Noites da Madeira e Bailinho da Madeira. É o primeiro de uma longa lista de sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31 ou Sinal da Cruz. Em entrevista ao jornal Se7e, em 1978, referia que eram os discos que lhe davam mais dinheiro, pois “os direitos de autor estavam sempre a pingar”. Depois da rádio, Max conquista o teatro, participando a convite de Eugênio Salvador na revista Saias Curtas, em 1952. Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão também os seus dotes de ator e humorista. Em 1957, parte para os EUA para uma digressão de cinco anos interrompida por uma súbita doença de coração ao fim de dois. Viajou em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Argentina. Regressado a Portugal, embora continue a ser um dos artistas mais queridos do público, encontrará alguma dificuldade de trabalho, sobrevivendo à conta dos discos que continuava a gravar. Um dos seus maiores êxitos surgirá aliás neste período, Pomba Branca. Em 1991 foi inaugurado um busto em sua homenagem, da autoria da escultora Luiza Clode, junto ao Largo do Corpo Santo. Nasceu em Funchal, Ilha da Madeira, em 20 de janeiro de 1918, morreu em Lisboa em 29 de maio de 1980