A comunicação é algo primordial atualmente, governos em todo o mundo exorbitam em gastos. Só o governo golpista do Michel Temer já superou em mais de 150% os gastos com publicidades, um absurdo quando se vê a economia do país indo à bancarrota, à uma insolvência sem comparações. Mas nestes tempos de modernas elucubrações tecnológicas onde se raciocina, se reflete, tudo sob a aura das redes sociais, é possível se comunicar com pouco ou nada de custo, basta ter uma página do Facebook, a oficializar como deste ou daquele órgão para se dirigir ao público, como faz a prefeitura de Angatuba que tem além de seu site oficial obrigado por lei, a página “feicebuquiana” Governo de Angatuba, na qual são discorridos os fatos passíveis de serem noticiados acerca do cotidiano da administração. Entende-se também que, por tratar-se de uma rede social é natural que haja a interatividade do público leitor, havendo comentários sinceros ou racionais, ingênuos e até os infelizes, considerando estes últimos como sendo daquelas pessoas que estão mais ressentidas com algo do que raciocinando como um ser humano no seu estado de espírito normal e coerente.
Pode ser considerado um comentário sincero, ou racional, aquele em que a pessoa às vezes nem está concordando com o fato, com a maneira do serviço da prefeitura na forma que está sendo feita, mas que ela critica sem xingamento, sem ironias, sem achincalhar alguém que representa o poder público como funcionário simplesmente por ressentimentos extras, pessoais. A crítica racional possui uma argumentação técnica ou apenas opinativa de natureza interrogativa, “por que assim e não assim?”. A crítica racional é aquela que, primeiramente, elogia a iniciativa da prefeitura por estar terminando obra num bairro mesmo tendo a pessoa o objetivo de sugerir que outro local, ”o bairro tal (ou “a rua tal), também está necessitando do mesmo melhoramento”. Não há dúvida de que a critica racional também é munida do reconhecimento, afinal de contas para uma administração que herdou uma prefeitura falida, esculhambada física e moralmente, qualquer realização, no mínimo que seja, não deixa de ser um grande feito.
O que dizer das intervenções infelizes? O que dizer delas, o que dizer de seus autores? Ora, é perceptível em inúmeras vezes que um comentário infeliz sempre está acompanhado de um xingamento, de um desmerecimento, de chacotas, e uma ironia e de razões que demonstram tão somente uma autoria de pessoa que não quer reconhecer o reconhecível, que não quer ver o fato como mérito simplesmente porque não quer, e não quer porque vê as coisas apenas sob as necessidades do seu interesse pessoal e não da coletividade. A tal infelicidade é constatada principalmente quando se observa no infeliz autor do comentário uma mente pequena, alguém que critica algo comparando, por exemplo, uma festividade de agora com os mega rodeios shows da gestão passada, “aquilo sim que era um festão”; alguém que tinha algum beneficiozinho em especial e passou a não mais tê-lo mesmo porque aquilo era ilegal, ou mesmo porque era “tiete” ou afetivamente nutria “grande carinho” para quem deixou o poder. Estes nos lembram o escritor francês Victor Hugo quando diz “Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles”.