jul 25, 2019 Air Antunes Angatuba 0
No mês de setembro de 2008, quase no fim de seu mandato, o então prefeito de Angatuba José Emílio Carlos Lisboa assinou convenio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para a construção de 212 unidades de um núcleo habitacional nas proximidades do Jardim Domingos Orsi II, o famoso Pé Junto. O que parecia ser algo muito bem organizado já que a prefeitura e CDHU até formalizaram o Projeto de Capacitação de Técnicos Sociais Municipais, que consistia na capacitação dos técnicos-sociais, responsáveis pelo acompanhamento das famílias que iriam residir no conjunto habitacional, tudo levava a crer que no máximo dois anos tudo estaria concluído. Ledo engano, naquela administração não daria mais tempo de iniciar as obras. Em 2009, tomou posse o prefeito Carlos Augusto Calá Turelli e em outubro daquele ano, num sábado de manhã com a praça da matriz super lotada, o coreto repleto de autoridades, da CDHU, prefeito, vereadores, assessores, parentes do chefe do executivo, houve o tão esperado sorteio, houve gente que até chorou de emoção por ter sido sorteado, enquanto que a promessa era de que até no final de 2010 estariam todos abrigados sob o teto da tão sonhada casa própria. Ninguém imaginava que ali estava tendo início uma grande novela, uma espécie de filme de terror.
Segundo a CDHU, em nota difundida logo no início de 2009, seu investimento para a construção das 212 casas era de R$ 8.9 milhões, mas até hoje nunca se soube o que realmente aconteceu porque nada andou. Construtoras eram contratadas, o serviço seguia moroso quase parando, o tempo foi passando, irregularidades surgiam, plantas do projeto inicial mudadas, trabalhadores eram caloteados, enfim, matérias e matérias foram escritas sobre o problema todo, televisão vinha dar cobertura às manifestações de famílias que foram sorteadas, prefeito processando quem escrevesse da forma que ele considerava lesiva a sua moral, que o digam este blog e seu editor, o Jornal de Angatuba, e assim se seguia, nem é necessário mais discorrer sobre tudo o que ocorreu em torno da construção daquele núcleo. Apesar de tudo, o então prefeito ainda foi reeleito, repetiram-se todas cantilenas já conhecidas, nem na sua segunda gestão finalizou as casas, muito pelo contrário, tornou tudo aquilo que tinha iniciado, uma verdadeira ruína, de longe até parecia um sítio arqueológico.
Independentemente da restrição que o prefeito atual, Luiz Antônio Machado, tem a este blog e seu editor, ao Jornal de Angatuba, que amargaram processos, condenações, ao longo deste tempo todo para que o quadro mudasse e ele chegasse ao poder, não se pode deixar de descartar de que graças a sua administração iniciada em janeiro de 2017 alçada por praticamente 80% de votos nas eleições de 2016, as obras daquele núcleo foram reiniciadas, duas cerimônias para as entregas de chave já foram feitas, uma em julho e outra em dezembro no ano passado. Neste 25 de julho, o prefeito, acompanhado de representantes do CDHU, de autoridades civis, militares e eclesiástica, seus assessores, ao concluir a terceira etapa da entrega de casas, do núcleo que passou a ser denominado Residencial Vitória, praticamente termina com mais um episódio, conclui mais uma página indispensável aos compêndios da história de Angatuba
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