Metida à besta, a elite brasileira emite seu posicionamento político alfinetando o tempo todo os programas sociais do PT, instigando no imaginário popular a corrupção como exclusividade dos governos de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef. Na verdade essa ojeriza contra as forças progressistas do Brasil tem uma razão maior do que as apresentadas cotidianamente. A antipatia ocorre mais porque do outro lado está o “povinho” com sua “falta de classe”, com sua indumentária “tacanha”, com sua “falta de estilo”. Para a elite não faltam adjetivos para depreciar quem jamais entraria numa Daslu ou que nunca frequentaria páginas da revista Caras. Diante disso tudo, para a elite é ultrajante o país ser representado por um cidadão como Lula, líder que nasceu da massa, representante típico do sertão nordestino, das caatingas, e, o pior, alguém que passou a ser prestigiado no exterior como uma das maiores personalidades mundiais das últimas décadas e que, por conta disso, foi homenageado com estátua nos Estados Unidos. O fato não é tão recente mas continua digno de ser destacado.
Lula , quer já tinha calado a boca da elite quatrocentona ao se tornar colunista do New York Times, o maior jornal dos Estados Unidos, um dos maiores do mundo, foi homenageado em uma exposição temporária aberta no dia 15 de maio deste ano no jardim da Organização dos Estados Unidos (OEA) com uma estátua de bronze. No local, próximo à Casa Branca, a estátua de Lula era a única de uma personalidade viva. Outros homenageados nesta exposição são o ex- presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, o libertador Simon Bolívar e o escritor colombiano Gabriel García Márquez. A exposição é do artista plástico chinês Yuan Xikun, que fez a homenagem aos dez nomes que ele considera os grandes homens da América, para desespero da elitizada burguesia brasileira que está odiando viajar de avião ao lado de quem “não tem estilo”.