abr 07, 2014 Air Antunes Artigos 5
FREI BETTO
O papa Francisco acaba de divulgar o documento “Alegria do Evangelho”, no qual deixa claro a que veio. Sua voz profética incomodou a CNN, poderosa rede de comunicação dos EUA, que lhe concedeu a “Medalha de Papelão”, destinada àqueles que, em matéria de economia, falam bobagens…
Quais as “bobagens” proferidas pelo papa Francisco? Julgue o leitor:
“Hoje devemos dizer não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento de um idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social.
Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída.
O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e, depois, lançar fora. Assim teve início a cultura do ‘descartável’ que, aliás, chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas de uma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são explorados, mas resíduos, sobras”.
Em seguida, Francisco condena a lógica de que o livre mercado consegue, por si mesmo, promover inclusão social:
“Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar.
Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe.
A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma”.
O papa enfatiza que os interesses do capital não podem estar acima dos direitos humanos:
“Uma das causas desta situação está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos pacificamente o seu domínio sobre nós e as nossas sociedades. A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano.
Criamos novos ídolos. A adoração do antigo bezerro de ouro (cf. Êxodo 32, 1-35) encontrou uma nova e cruel versão no fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano. A crise mundial, que envolve as finanças e a economia, põe a descoberto os seus próprios desequilíbrios e, sobretudo, a grave carência de uma orientação antropológica que reduz o ser humano a apenas uma das suas necessidades: o consumo”.
Sem citar o capitalismo, Francisco defende o papel do Estado como provedor social e condena a autonomia absoluta do livre mercado:
“Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum.
Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras. Além disso, a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra. A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder e do ter não conhece limites. Neste sistema que tende a deteriorar tudo para aumentar os benefícios, qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta”.
Enfim, um profeta que põe o dedo na ferida, pois ninguém ignora que o capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade: as 4 bilhões de pessoas que, segundo a ONU, vivem abaixo da linha da pobreza.
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fev 11, 2024 0
jan 05, 2024 0
nov 12, 2023 0
out 12, 2023 0
Aproveitando o tema gostaria de citar as palavras do diretor do Banco Mundial “O Bolsa Familia não gera dependencia” Oprograma segundo ele, tem resultados cientificamente comprovados e acerta ao escolher as mulheres como gestora do benefício,
Esse Papa e aquele que estávamos esperando há muito tempo, sua preocupação como ja vimos em muitas de suas falas e escritos,é o povo, o povo pobre e excluído, está seguindo muito bem os passos de Jesus que colocava o ser humano acima das leis do seu tempo sem se preocupar com o que diziam dele. Poderíamos até dizer que é ele o profeta de nossos tempos: aquele que ” propõe reformas ou mudanças na sociedade para promover a justiça e a dignidade humana dos oprimidos” bem diferente dos que “trabalham para manter e legitimar privilégios e poderes das elites”.
MERITOCRACIA ELEITORAL. O que é isso ? É de comer ? É de beber ? Quem sabe uma proposta nova de verdade, que pode mudar de verdade, para melhor, o Brasil, a política e as nossa vidas ?
Vide https://sites.google.com/site/pnbcbrasil/.
MERITOCRACIA ELEITORAL, DEMOCRATIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES, PARTICIPAÇÃO DIRETA DA SOCIEDADE E MUDANÇA DO PERFIL E CONSISTÊNCIA, DA POLÍTICA E DOS POLÍTICOS
No sistema político-partidário-eleitoral que aí está, candidato sem mala cheia de dinheiro é visto como se fosse portador de doença contagiosa.
Os cabos eleitorais, apoiadores e eleitores fogem dele igual o diabo foge da cruz. Ele pode ser até Jesus Cristo, mas a regra eleitoral é ” sine pecunia vade retro satanás”.
Daí o campo fértil para os Cachoeiras da vida.
Portanto, há muito tempo, fechei a conclusão de que o sistema político-partidário-eleitoral que aí está, e que já se afeiçoa a uma verdadeira cocolândia, já deu flor há muito tempo, já esgotou o seu prazo de validade, e, até por isso, tornou-se apenas uma fábrica produtora de novos estelionatos eleitorais, acoplados a poderosas fontes de corrupção, alimentada a financiamentos públicos e privados de campanha, ambições pessoais, sonhos e ilusões vãs. Uma máquina de moer reputações e carnes humanas, que faz de seres humanos que se lançam nessa aventura reles cheiradores de todos os perfumes e bebedores de todas as taças. É algo que já foi trigo, já deu tudo de bom que podia dar, que serviu a uma época, e que, agora, virou joio, ou, se preferir, rio com muitas curvas, que segura muita tranqueira e o torna perigosíssimo à boa navegação, sem falar da abundância de jacarés , dos cardumes de piranhas e dos bandos de urubus que sobrevoam a área o tempo todo.
Daí, a esta altura do campeonato, a nosso ver, senão como sofisma ou bravata, já não adianta mais nada debater sobre voto obrigatório, financiamento público de campanha, voto distrital, voto facultativo, cadeira vazia, ou qualquer outra novidade epidérmica, porque o principal sucumbiu, ou seja, o problema está no traçado do rio, no assoreamento, na rasura e nas suas curvas, que precisam ser refeitas, sob pena de cometimento de novos estelionatos eleitorais, à moda palanquismos vazios, seguidos de “esqueçam o que escrevi e falei”, “era tudo bravata de campanha”, não há mais o que fazer senão impor mais e mais carga tributária, mais aperturas e mais sacrifícios à sociedade, para custear o agregamento de novos, mais e mais, penduricalhos ao modelo superado, que implicam em mais e mais frustrações e sofrimentos apenas para alimentar o velho jogo de perda de tempo versus tempo perdido, do qual somos todos reféns, estamos todos cansados , esgotados e até enojados, há muito tempo, de modo que, à luz do bom senso, nada explica a resistência continuista da mesmice que foge das mudanças necessárias assim como o diabo foge da cruz, fato esse que, às vezes, em muitos casos, nos dá a impressão de que estamos à mercê de psicopatas perigosissimos, apaixonados por dinheiro e poder, insensíveis às mazelas, chagas e dores sociais, que fazem qualquer coisa para consegui-los, à moda aqui e agora, e o resto que se dane.
A sociedade, a patroa, quer e precisa caminhar para frente, evoluir, descortinar novos horizontes, mas no congresso, os empregados da sociedade teimam em caminhar para trás, ou para os lados, iguais caranguejos, visando apenas as suas ambições pessoais, vaidades e interesses financeiros e eleitorais imediatos.
Por outro lado, a reforma eleitoral que balança para cá e para lá no congresso é absurda e transita, afrontosamente, na contramão dos desejos da sociedade, a patroa, que paga a conta a duras penas, que clama pelo advento de um novo sistema eleitoral e pelo fim da aparente bandidocracia eleitoral, imposta pelo partidarismo ditatorial, com todos os seus cânceres: campanhas à base de dinheiro, negociatas de campanhas, resultados ditados pelo dinheiro e pelos esquemas, corrida do ouro, nivelamento dos eleitos por baixo, caixa dois, corrupção eleitoral, compra, venda e troca de votos e apoios, currais eleitorais, cabos eleitorais mercenários e corruptos, monopólio partidário em relação às eleições, obrigatoriedade de votação de quem não está nem aí com política, partidos e eleições, excesso de eleições de dois em dois anos,que só convém aos mesmos e que impedem as boas realizações de bons governos, posto que precisam ficar o tempo todo com um olho no peixe da administração e outro no gato eleitoral, além da reeleição, entre tantos outros males que precisam de um grande basta.
Daí a nossa proposta de meritocracia eleitoral, em resposta ao são sentimento da sociedade, que não tem mais a quem recorrer, no bojo da qual os partidos continuam existindo, com direito ao fundo partidário (que não é pouca coisa) e até continuar com a prioridade face às eleições, porém rigorosamente reciclados e convertidos em escola de formação política, com atuação vinculada à escolha dos seus candidatos, democraticamente, em votação direta entre os seus filiados, os quais uma vez escolhidos, deverão ser inscritos para participarem de concurso público padrão, do qual participarão também todos os cidadãos interessados, independente de filiação partidária, para preencherem a cota-cidadã, cumprir mandatos de 06 (seis) anos sem direito à reeleição para o mesmo cargo, classificando-se a corrupção e a prevaricação como crimes hediondos, operando-se assim o fim do monopólio face às eleições, a democratização destas e a abertura da possibilidade de chegarmos à democracia real, nivelando-se por cima a política, as eleições e os seus resultados, tornando todos iguais na corrida eleitoral, possibilitando assim o surgimento de novos e muitos Águias de Haia.
E quanto as urnas eletrônicas serão doadas aos partidos para que façam bom uso das mesmas dentro de suas respectivas searas.
Contudo, por ora, vem aí mais eleições sob a égide do modello antigo, vulnerável, superado, démodé, viciado, vicioso e literalmente podre, invadido por aventureiros e bandidos de todas as laias, idades, castas, espécies e matizes, face aos quais os bons, que ainda não foram alijados do processo, são obrigados a comer o pão que o diabo amassou com os pés e usados para legitimar a grande farsa do poder econômico: as eleições que aí estão.
E o pior de tudo é que, infelizmente, não serão as últimas, a depender da vontade e dos interesses da caciquia partidária de plantão, sócios, dependentes, agregados, empregados, patrões e pupilos. Dai a necessidade do PNBC e da Meritocracia Eleitoral já, no voto, ou no braço se o espaço “democrático” continuar malandramente fechado para o inadiável descortino dos novos horizontes. Loriaga Leão, o HoMeM do Mapa da Mina do bem comum do povo brasileiro.
Lula é o cara, FHC é fantástico, Dilma é sensacional, os meninos do PSOL, PSC, PSB e PSDB são maravilhosos, mas eles não são o extraordinário HoMeM do Mapa da Mina do bem comum do povo brasileiro, o HoMeM do Borogodó (RPL-PNBC-ME), da Revolução Pacífica do Leão, do Novo Caminho para o Novo Brasil de Verdade, porque evoluir é preciso, em sintonia fina com os desejos das Ruas do Brasil, que rugem firme e forte pela Mega-Solução em contraponto ao velho continuísmo da mesmice dos velhos gollpismo-ditatorial e partidarismo-elleitoral, velhacos. Depois não digam que o HoMeM não deu ao PSOL a última chance de provar que tinha condições de ser o último biscoito saudável do pacote partidário deteriorado, com prazo de validade vencido há muito tempo, e já em visível estágio de decadência terminal. O problema do PSOL não é fato de ser nanico porque é nanico, mas, isto sim, o fato de ser nanico porque, politicamente falando, a sua caciquia pensa e age pequeno demais, com mesquinhez e pobreza de espírito extrema, à velha moda ptbebê denuncista-udenista, que hoje embala tb o PSDB, PSB e CIA, cuja ambição maior é continuar elegendo apenas meia dúzia de gatos pingados, entregando-se ao chapabranquismo fisiológico e dando as costas às Ruas do Brasil. O profético Cazuza tinha razão, só nos restam as Ruas e a LUTA ( Legião Unida de Trabalhadores Amigos ), porém pacificamente, sem dar sopa para o azar e nem aos inimigos, com paz, amor, perdão, conciliação, união e mobilização pela Mega-Solução, o Novo TreMM da História que diz ao PSOL: bye bye. Hasta la vista, baby. HMM-RPL-PNBC-ME, saudações.
RUMO NOVO para o país, é disso que o país está precisando e é isso que 72% do povo brasileiro está querendo ver e ouvir, conforme atestou a última pesquisa Datafolha. Porém, quanto a esse desejo do povo, mídia e partidos não dão um pio, fingem-se de avestruz, parecem irmãos siameses, divorciados da vontade do povo, impondo-nos apenas os seus próprios interesses, goela abaixo. Tá na rede. “Gato Borralheiro, da juba prateada. Será que é com o HoMeM do Mapa da Mina do bem comum que o povo brasileiro se engraçou ? O fato é que, pelas pesquisas, Aécio (PSDB), Campos (PSB), Everaldo (PSC), Randolfe (PSOL), já estão previamente descartados pelo povo, e, no caso, teimar se impor goela abaixo ao povo, como donos de partidos, é loucura. O povo já se cansou dessas imposições. Isso não vinga mais. Rumo Novo de verdade para o país, parece ser a senha de abertura do coração do povo. Quais mistérios serão esses capturados pela última pesquisa Datafolha ? RUMO NOVO para o país, parece ser o número do sapato que 72% da população já está resolvida a calçar doravante. E cadê o Rumo Novo ? Até parece que a realidade brasileira resolveu copiar a ficção. Até parece que estamos diante de um caso real de amor e procura do povo brasileiro por uma Gata ou Gato Borralheiro, já escolhido como que por encanto para ser a próxima ou próximo Presidente do Brasil, e que basta encontrar o pé certo que está faltando e que 72% da população resolveu calçar, para que tudo se resolva . Rumo Novo, cadê Você ? Façam as suas apostas, Jovens, Senhoras e Senhores.”