abr 16, 2019 Air Antunes Artigos 0
Com raras exceções, as pessoas são más, são sádicas! No desenho animado uma grande maioria torce para o Jerry, o rato, o vilão da história. As pessoas querem ver o Tom, o gato, a vítima, com o perdão da palavra, se “ferrar”. A vida imita a arte em termos de maldade!
No nosso cotidiano testemunhamos os exemplos mais absurdos de maldade, de discriminação, de ataques a integridade de um ou de outro. O Brasil vem se destacando neste quesito.
Dias atrás terminou o famigerado reality show Big Brother Brasil-edição 2019, programa que é um desserviço à cultura mas detentor de milhões de adeptos numa prova bem contundente de que porcarias estão se sobrepondo à arte de qualidade. Neste BBB a última vencedora passou o tempo todo destilando tudo o que não presta, exalou principalmente seu racismo. Apesar de ter demonstrado abertamente ser uma pessoa desprezível, milhões de brasileiros ligaram para a produção do programa concedendo votos para ela vencer.
A “musa” do BBB reeditou o gosto popular atribuído ao eleitorado do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Ele nunca fez cerimônia em se apresentar racista, machista, aporofobista (o que odeia pobres), xenófobo contra nordestino, entre outras tristes referências, tudo isso sob uma farsa religiosa e icônica aura do “cidadão de bem” . O mundo todo estava abominando o então candidato 17 à presidência mas mesmo assim 57 milhões apostaram nele que, ainda, é inculto, despreparado, perseguidor, servil aos interesses dos Estados Unidos e dilapidador do patrimônio público. Agora ele coroa todas suas bobagens já ditas ao argumentar que Israel tem que perdoar o nazismo pelo holocausto, pela morte de mais de seis milhões de judeus.
Ainda, pelas redes sociais vemos, até por uma inspiração do truculento e bronco presidente e seus malfadados filhos, uma grande parcela de brasileiros aplaudindo soldados do Exército por executarem com 80 tiros um músico que seguia com sua família para um chá de bebê. A justificativa de que houve confusão e os soldados atiraram achando que era bandido, para muitos, é um argumento que exime de culpa o assassinos do exército e tira a responsabilidade de Bolsonaro. O músico era negro e quanto a este detalhe não são poucos os que acham isso um fator comprobatório, ou seja, que se o cidadão é “de cor” é plausível que a polícia possa confundí-lo com bandido e, consequentemente, isso a eximirá de culpa.
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