dez 13, 2013 Air Antunes Artigos 1
AFONSO MOTTA
Morreu aos 95 anos o líder Nelson Mandela, mas fica para sempre na memória global como o político mais admirado do mundo. Sua marca principal, a luta por mudanças sociais tidas como impossíveis. Homem virtuoso, destinado a fazer o bem. Após sobreviver a prisão por mais de 27 anos, pela luta contra um regime racista, teve a transcendência de evitar uma guerra civil e conduzir o processo de reconciliação entre negros e brancos. Sua trajetória inabalável e coragem cívica o tornaram a principal personalidade na luta contra a discriminação e justiça social. Pensar que até bem pouco os negros da África do Sul, não tinham direito a voto e sequer podiam freqüentar lugares que eram de uso exclusivo dos brancos, oferece a dimensão das disputas e das conquistas de Mandela. Teve portanto, este grande privilégio de defender os direitos da população negra nas circunstâncias do radicalismo, mas que pela exemplaridade alcançou situações semelhantes em parte do território global e combateu o preconceito contra os negros espalhado por todo o mundo.
Chegou ao ponto de pela causa aderir à luta armada, mas com um peso na consciência, porque por princípio sempre foi contra o derramamento de sangue e ativista da paz. Talvez a passagem mais marcante de seu caráter, como é próprio dos grandes homens, tenha se expressado quando enfrentava todas as adversidades do trabalho forçado e do isolamento na prisão e disse: “Qualquer homem ou instituição que tente roubar de mim a minha dignidade vai perder, porque não vou me separar dela por preço algum ou sob qualquer pressão”. Nesta capacidade singular de expressar suas convicções e por via de conseqüência na personalidade é que residiu sempre seu maior mérito.
Pelo magnetismo pessoal e posicionamento foi disseminando atitudes, que transcenderam e tiveram larga repercussão internacional. Mandela teve muitas dificuldades como presidente do seu país. A expectativa de resposta às extremas necessidades dos negros empobrecidos e marginalizados ao longo dos anos não foi atendida, nem poderia, mas solidificou o direito de ir e vir e o conceito de justiça social, evitando a guerra civil. Tanto foi assim, que não quis renovar seu mandato, preferindo ocupar espaços internacionais na luta pela grande causa contra a discriminação e inclusão dos negros.
Neste momento de exaltação e reflexão sobre o grande líder Nelson Mandela é bom que se questione porque uma causa tão justa e humanitária oferece tantos desafios? A paz, a justiça, a liberdade, valores fundamentais para a vida e a dignidade do ser humano ainda são privilégios. Precisam ser conquistados. E por mais insensível que pareça nos dias atuais, ainda nos deparamos com os que pensam que o interesse privado está acima do interesse público, que a violência e a força faz a justiça e que a dominação dos que têm e podem mais é a lógica natural da sociedade. Não é o que mostra a trajetória política de Madiba. Valeu.
Afonso Motta,advogado, produtor rural e secretário de Estado do Rio Grande do Sul
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TRIBUTO A MANDELA. Há muito tempo , ainda moço e peladeiro, ouvi dizer que Pelé, o nosso Rei do Futebol, havia morrido e quando chegou ao céu deparou-se com São Pedro que o esperava na porta de entrada de braços abertos. Pelé então foi logo dizendo a São Pedro: “ que bom que vocês aqui do andar de cima me recolheram, pois eu já estava mesmo muito cansado, já não agüentava mais tanta pressão, com aquela gente toda lá embaixo me enchendo o saco, me usando o tempo todo e me fazendo jogar o tempo todo a favor de seus times, me julgando infalível , me exigindo perfeição e resultados imediatos, de modo que só tenho a agradecer a Deus, São Pedro, por ter me tirado de lá, pois agora, enfim, poderei descansar em paz”, ao qual São Pedro respondeu: “ Negão, pode parar com esse papo de cansado, porque doravante você já está escalado para jogar no meu time que te esperava há muito tempo, tome a sua camisa 10, entre em campo e jogue, posto que o nosso campeonato ainda está apenas começando”. É assim que vejo a Luta de Mandela e todos os idealistas e libertadores de todos os tempos, de antes e depois de Jesus Cristo, não obstante todos os seus possíveis defeitos, fraquezas, deslizes e equívocos típicos de simples mortais durante a caminhada, face à Luta dos quais a humanidade, não obstante tudo, conseguiu chegar a um estágio mundial face ao qual ainda é possível dizer que o Sonho ainda não acabou e que a Esperança ainda não morreu , embora já pareçam estar por apenas um fio, e que face a esse fio a LUTA continua, porém em condições ainda mais adversas para os idealistas e libertadores, espécie aparentemente já em extinção, que está sendo devorada por uma neo-espécie a cada dia mais volumosa que depois de muito refletir sobre a dita cuja me vi na obrigação histórica de tipificá-la como psicopatas apaixonados por dinheiro e poder e que fazem qualquer coisa para consegui-los, conservá-los ou ampliá-los sem limites, sendo este o jogo que, a nosso ver, a esta altura do campeonato da vida no planeta terra, estamos jogando entre Idealistas (preparados para morrer pela causa) X Psicopatas ( prontos para matar pela ganância), a LUTA do Terceiro Milênio, confronto esse do qual o resultado tem que ser o sucesso pleno do bem comum do conjunto da sociedade, no Brasil e no mundo. E juro que vale a pena refletirmos sobre isso, principalmente à vista da Copa do Mundo de Futebol, com o Pelé ainda vivo, pois é exatamente daí, desse confronto, que deverá surgir o Novo Mundo Melhor para todos, ou o Inferno social total. Vem à LUTA ( Legião Unida de Trabalhadores Amigos) vc tb. VêMM. Abraços.