Alguém acredita que aqueles manifestantes contra o governo de Dilma Roussef, contra o PT, contra Lula, que defenderam com unhas e dentes a permanência de Bolsonaro na presidência do país, são mesmos apaixonados pelo Brasil? Estamos falando daqueles que “carraetavam” com seus luxuosos automóveis, daquelas “madames sangue-azul” , socialites, entre outros “bacanas” que se chafurdam nos privilégios facilitados por um sistema financeiro Robin Hood às avessas, que rouba dos pobres para dar aos ricos. Infelizmente os tais privilegiados contam com a ajuda do pobre de direita nas urnas, mas o relacionamento para por aí, o voto do alienado também vale. A preocupação com justiça social, a manutenção de uma cultura brasileira miscigenada, a valorização do trabalhador, a educação de qualidade e uma saúde disponível para todos, tudo isso não passa pela cabeça da referida elite, ela pouco se importa com o progresso do país, ela só se inflama mesmo contra o candidato que investe nos programas sociais por algo muito simples: odeia pobre. A aporofobia é a razão de grande parte de ricos, e outros que imaginam sê-los, para votar na direita.
Aporofobia é um termo que foi cunhado em 2007 pelo filósofo espanhol Adela Cortina. A palavra aporofobia deriva do grego “aporos”, que significa “sem recursos”, e “fobia”, que significa “medo”. Em outras palavras, aporofobia é o medo ou aversão aos pobres e desfavorecidos. Aporofobia é um fenômeno social que se manifesta em diversas formas de discriminação, exclusão e rejeição aos menos favorecidos pela sociedade. Isso pode ocorrer de várias maneiras, desde a falta de políticas públicas efetivas para ajudar os mais necessitados até o tratamento desumano por parte das pessoas no cotidiano.
A aporofobia pode ser vista em diferentes contextos, como a exclusão social, a xenofobia, o racismo, a homofobia e a misoginia. A ideia subjacente é que os mais pobres são vistos como indesejáveis, como pessoas que não contribuem para a sociedade e que representam um fardo para os que têm mais recursos. O medo e a aversão aos mais pobres podem ser causados por diferentes motivos. Às vezes, é uma questão de preconceito e estereótipos, que levam as pessoas a associar a pobreza com preguiça, falta de educação ou falta de capacidade. Outras vezes, é uma questão de medo do desconhecido, daquilo que é diferente e que não se entende.
Independentemente das razões, a aporofobia é um problema sério que afeta a sociedade como um todo. Ela contribui para a exclusão social, a desigualdade e a marginalização dos mais pobres, tornando ainda mais difícil para eles superarem suas dificuldades e alcançarem uma vida melhor. Para combater a aporofobia, é necessário criar uma cultura de inclusão e empatia, na qual as diferenças são valorizadas e respeitadas. Isso pode ser feito por meio de políticas públicas que promovam a igualdade, da educação e da conscientização sobre os direitos dos menos favorecidos e da necessidade de respeitar e apoiar aqueles que precisam de ajuda.
Em resumo, a aporofobia é uma forma de discriminação que afeta os mais pobres e desfavorecidos da sociedade. É um problema sério que contribui para a exclusão social, a desigualdade e a marginalização. Para combatê-la, é necessário criar uma cultura de inclusão e empatia, que valorize as diferenças e respeite os direitos dos menos favorecidos.